domingo, 21 de novembro de 2021

Quinta onda de covid tem velocidade 'vertiginosa', diz porta-voz da França


A quinta onda da epidemia de Covid-19 na França se propaga a uma velocidade "vertiginosa", alertou neste domingo (21) o porta-voz do governo francês, Gabriel Attal. Na média calculada em sete dias, o número diário de infecções dobrou, atingindo 17.153 casos positivos neste sábado (20) contra 9.458 na semana anterior. A explosão de novos casos da Covid-19 demonstra um crescimento exponencial da epidemia no território francês. Até a semana passada, demorava três semanas para que o número de casos diários aumentasse nas mesmas proporções.

Segundo o porta-voz francês, alguns elementos causam preocupação ao governo, enquanto outros deixam as autoridades confiantes. Ainda não é possível determinar se a alta de casos terá impacto nas hospitalizações. Por enquanto, não é este o caso, o que se atribui à vacinação, que continua a ser muito eficaz na prevenção de formas graves da doença. Mas a imunização não impede as contaminações pela variante Delta. 

Quase 75% da população francesa está completamente vacinada. A campanha de reforço com uma terceira dose de imunizante do tipo RNA mensageiro começou em setembro para idosos. Em 1° de dezembro, ela será estendida para a faixa etária de 50 a 65 anos. Há recomendação da Alta Autoridade de Saúde (HAS), um organismo independente, para que todos com mais de 40 anos tomem a dose de reforço. "Vemos que há um forte aumento das contaminações, mas também sabemos que temos uma cobertura vacinal muito ampla (e) estamos bastante à frente dos nossos vizinhos no reforço vacinal", sublinhou Attal. No sábado (20), havia 7.974 pacientes da Covid hospitalizados em todo o país, sendo 1.333 doentes em unidades de tratamento intensivo (UTI), contra 6.500 e 1.000, respectivamente, há um mês.

O secretário de Estado elogiou a implantação em julho do passaporte sanitário, para acesso a locais que recebem público, enquanto a maioria dos países no bloco europeu adotou essa medida posteriormente. "O governo assume esta escolha de impor restrições às pessoas não vacinadas", frisou Attal.