(Foto: Ralph Braz | Pense Diferente) |
A proposta dos vereadores de oposição para que o Executivo campista conte com apenas 5% de margem para remanejar o Orçamento pode paralisar o município, suspender serviços e investimentos, devolvendo o município a uma situação de instabilidade institucional que já viveu antes, na gestão passada. Tal atitude não é louvável nem inteligente, pois a população pode se voltar contra tais vereadores ao saber que o governo com dinheiro em caixa não pode investir por estar impedido em razão de manobra dos legisladores oposicionistas municipais.
Do bloco de oposição ao governo, o ex-presidente da Câmara, Fred Machado, chama atenção para esse fato pois conhece de perto o que é risco institucional, uma vez que ele recorreu ao então deputado federal Wladimir Garotinho, em 2020, para evitar que um grupo de vereadores independentes “engessassem” a gestão do então prefeito Rafael Diniz. Wladimir à época entendeu a situação e orientou a bancada de vereadores ligada a ele e não alinhados ao ex-prefeito, a votar pelos 20%, contra a proposta de 10% que queriam os ex-rafaelistas liderados pelo vereador Igor Pereira, já aliado do grupo de Bacellar.
Talvez por conta disso, o vereador Fred Machado declarou essa semana que é um erro a proposta da oposição de apenas 5% de remanejamento: “Se a oposição tentar impor os 5% de remanejamento por maioria simples, o prefeito vai vetar”, observando que o bloco que se posiciona contra o governo não tem os 2/3 necessários para derrubar o veto. “Aí ficaria 0% de remanejamento ao governo e à Câmara”, colocou Fred, completando que “se os 20% foram justos a Rafael, são justos a Wladimir”.
Fred Machado observou também sobre um ponto capital, em que sinaliza para o risco do Legislativo obrigar o Executivo a operar com o índice de 5%: “Para o vereador de oposição, “o Legislativo tem que fiscalizar, mas não chamar para si uma responsabilidade do Executivo”. E mais, “Reduzir para 5% pode passar à população a impressão que queremos achacar a Prefeitura” diz Fred Machado com autoridade de quem foi peça fundamental em 2020 para assegurar ao então prefeito Rafael Diniz 20% de remanejamento de seu Orçamento.
Seria um contrassenso colocar o município em um ponto de retrocesso institucional e administrativo quando Campos começa a colecionar resultados positivos na retomada da economia. Recentemente, o Terceira Via publicou que o Tesouro Nacional e o Governo Federal deram Nota A à prefeitura de Campos na classificação de risco de crédito. Outra matéria importante nesse sentido foi sobre a geração de mais de R$ 1,8 bilhão na emissão de notas de serviços de janeiro a junho de 2022. O recorde na abertura de empresas e na formalização de MEIs, entre outros avanços, estão sempre entre os destaques que o Terceira Via faz questão de publicar por torcer pelo franco desenvolvimento econômico do município de Campos, independente do governo de A, B ou C.
Portanto, como veículo de comunicação independente, ético e responsável, o Terceira Via aponta para a necessidade de se ter sim, e sempre, uma oposição saudável, mas nunca irresponsável com os destinos de um município que já foi um dos mais importantes do país e que precisa urgentemente se colocar novamente como atrativo para novos investimentos que o povo tanto precisa. Campos está vivendo um bom momento agora fruto de várias conjunções, e não pode enquanto município perder mais essa oportunidade por conta de brigas políticas.
Fonte: Terceira Via