(Foto: Ralph Braz | Pense Diferente) |
Após reportagem sobre prática de garimpo ilegal no Rio Paraíba do Sul, pesquisadores da Universidade Estadual do Norte Fluminense (Uenf) receberam denúncias sobre a prática, também, no rio Muriaé. Eles foram aos locais e recolheram amostras para investigar se há presença do metal. Os resultados em laboratório devem ser concluídos em até três semanas.
De acordo com o biólogo doutor em ecologia e recursos naturais, Inácio Abreu Pestana, o material de estudo foi recolhido no sedimento de fundo do rio, na água e plantas aquáticas. Se a presença do material for confirmada, os pesquisadores pretendem encaminhar os dados técnicos oficiais para investigação por órgãos ambientais.
A pesquisa é do laboratório de Ciências Ambientais da Uenf, coordenada pelo professor Carlos Resende. “Recebemos denúncias de moradores após reportagem do Jornal Terceira Via que abordou a mineração irregular no Paraíba do Sul. A fonte relatou que a prática também acontece no Muriaé. Segundo eles, a balsa está presente desde julho no mesmo local. Os mineradores ilegais mergulham e possuem todo aparato para mineração. Há indícios de que eles utilizam mercúrio para identificar ouro na lama”, conta o pesquisador.
Tekran – CV-AFS, Modelo 2600 – Fotos: divulgação
O equipamento a ser utilizado na pesquisa é o Tekran, de alta sensibilidade, capaz de determinar concentrações de mercúrio ultra baixas.
De acordo com Inácio, a denunciante mora no entorno do rio Muriaé, perto de Italva. “Ela informou que já fez denúncias formais à polícia, mas o problema nunca foi resolvido.
A Polícia Federal tem uma investigação sobre o crime em andamento.
Na mais recente operação da Polícia Federal, entre os municípios de São Fidélis e Cambuci, foram cumpridos cinco mandados de busca e apreensão. Quatro balsas foram localizadas, porém ninguém foi preso.