segunda-feira, 13 de dezembro de 2021

Prefeito de Campos entrega cheque de R$ 28,9 milhões do Governo a hospitais filantrópicos

(HPC - Foto: Ralph Braz | Pense Diferente)

O prefeito Wladimir Garotinho e o vice Frederico Paes fizeram, na tarde desta segunda-feira (13), a entrega simbólica dos cheques no valor total de R$ 28,9 milhões aos representantes dos hospitais municipais e filantrópicos de Campos, referentes ao Programa de Apoio aos Hospitais do Interior (Pahi). Durante o evento, no auditório da prefeitura, houve a assinatura do termo aditivo entre as unidades contratualizadas para a criação da Rede Campos de Saúde Pública. O objetivo é melhorar a integração e acabar com problemas relacionados ao atendimento dos pacientes. 

O município conta com quatro hospitais filantrópicos que recebem repasses federais, estaduais e municipais para complementar o atendimento pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Com a criação da Rede Campos, a intenção é que o Hospital Plantadores de Cana (HPC), Santa Casa de Misericórdia, Beneficência Portuguesa e Hospital Escola Álvaro Alvim (HEAA) passem a ser identificados como da rede pública.

Secretário municipal de Saúde, Paulo Hirano destacou que a liberação da verba se deu a partir do esforço político do prefeito junto ao Governo do Estado. Os valores foram repassados  Wladimir entrega cheque de R$ 28,9 milhões do Governo do Estado a representantes de hospitais filantrópicos  contando valores retroativos de 2021 e será transferido nesta terça-feira (14) aos cofres dos hospitais.

 Representantes dos hospitais filantrópicos destacaram que o dinheiro será utilizado para melhorias no atendimento e na estrutura física nas unidades. Na Beneficência, a intenção é que haja a ampliação do número de leitos de UTIs neonatais. No Álvaro Alvim, o objetivo é que sejam abertos de 15 a 20 novos leitos. 

Já no Plantadores de Cana, a ideia é que o recurso seja implantado na conclusão das obras da ala de UTIs, enquanto na Santa Casa há a intenção que o dinheiro seja usado na reforma do ambulatório, enfermaria e para melhoria de equipamentos. 

Wladimir destacou que não houve atraso nos pagamentos aos hospitais da rede contratualizada em 2021, quando foram repassados R$ 226,1 milhões até novembro, com aporte de mais R$ 51 milhões em dezembro. O prefeito admitiu que existe dívida da gestão passada com as unidades e Paulo Hirano relatou que irá sentar com os diretores em 2022 para chegarem a uma solução. 

O prefeito também destacou que, a partir de agora, o paciente que for atendido pelo SUS em um hospital filantrópico terá uma espécie de recibo do quanto custou seu tratamento ou exame e quanto saiu dos cofres do município.

 “Muita gente vai em um hospital filantrópico pelo SUS e pensa que está fazendo tratamento em uma unidade particular. Não, é um hospital público também. Eles são custeado com nosso dinheiro. Em qualquer hospital particular, quando o paciente realiza algum procedimento, vem dizendo quanto que custou cada coisa. E o paciente do SUS também precisa saber e terá tudo discriminado para mostrar que é dinheiro público também”, complementou Wladimir. 

Ex-presidente do Sindicato dos Hospitais do Norte Fluminense, o vice-prefeito Frederico Paes lembrou da situação caótica. “Há um ano e meio, como presidente do sindicato, estávamos chamando a imprensa para relatar os atrasos, falar da greve dos médicos e de pessoas morrendo por falta de atendimento. Em muito pouco tempo demos um giro de 180º ".