A Prefeitura de São João da Barra ainda não definiu se o carnaval do ano que vem vai ser em fevereiro ou em outra data. A decisão vai depender da segurança sanitária para a realização do evento levando em conta o cenário epidemiológico da pandemia da Covid-19 e o avanço da vacinação no município, mas independente da definição do calendário os recursos para as escolas de samba estão garantidos. Na manhã desta terça-feira, 5, em reunião com os representantes das agremiações carnavalescas, o secretário municipal de Turismo, Esporte e Lazer, Edivaldo Machado, anunciou que os repasses serão feitos em três parcelas. Os valores e prazos ainda serão definidos.
Com os recursos do município as escolas já podem começar a se organizar para a elaboração dos enredos e o trabalho nos barracões. A reunião, realizada na sede da Prefeitura, atendeu a uma reivindicação das agremiações, que também solicitaram reajuste nos valores. O último repasse, feito em 2019, foi de R$ 234 mil para a Escola de Samba Congos, o mesmo valor para a Escola de Samba Chinês e R$ 20 mil para o Bloco Indianos. Para o próximo carnaval também será incluída a Escola de Samba Acadêmicos da Vila Imperial.
O carnaval de São João da Barra, um dos mais tradicionais da região, é considerado o melhor carnaval de rua do interior do Estado do Rio. Principais referências da festa no município, os grêmios recreativos escolas de samba Chinês e Congos, com quase 100 anos de existência, receberam tombamento como Patrimônio Histórico e Cultural do Estado do Rio de Janeiro em 2019.
— Nosso carnaval é a maior manifestação popular da cidade e sabemos das dificuldades das nossas tradicionais escolas de samba, que estão sem atividade há mais de um ano, o que sensibilizou a prefeita Carla Machado a liberar a primeira parcela do termo de fomento para a retomada dos trabalhos — explicou Edivaldo Machado.
Participaram da reunião os presidentes das escolas de samba Chinês, Daniel Santos, Congos, Ian Machado, e Acadêmicos da Vila Imperial, Eduardo Pereira, além do presidente do Bloco Os Indianos, Joaquim Moreira.