(Foto: Ralph Braz | Pense Diferente) |
O Hospital Ferreira Machado (HFM) está prestes a inaugurar o Centro de Atendimento Especializado de Queimaduras (CAEQ), que irá garantir que todos os pacientes queimados sigam sendo acompanhados por uma equipe multidisciplinar após a alta hospitalar. O projeto, considerado inovador, vai gerar mais segurança para quem precisa dar sequência ao tratamento após a saída da unidade hospitalar.
O superintendente do HFM, Arthur Borges, classifica o projeto como prioritário. “A concepção do CAEQ reafirma que o atendimento aos pacientes vítimas de queimadura não se encerra na alta hospitalar. Se mostrou necessário o acompanhamento longitudinal do paciente, pois nestes casos, as sequelas podem vir tardiamente e, assim, dificultar que o paciente tenha acesso ao tratamento de forma integral. Novamente, o Hospital Ferreira Machado mostra sua vocação assistencialista, concebendo um novo serviço para a sociedade”, descreveu.
De acordo com o coordenador do CAEQ, o médico cirurgião plástico Tércio Abreu da Fonseca, o HFM atende a todos os pacientes vítimas de queimadura da região, inclusive os mais graves. “Recebemos pacientes com queimaduras de segundo e terceiro graus, que são internados aos cuidados de uma equipe multidisciplinar, onde tem o acompanhamento de médicos cirurgiões plásticos, fisioterapeutas, assistentes sociais, psicólogos, psiquiatras, nutrição, enfermeiras e comissão de pele. Após a alta, normalmente são encaminhados para acompanhamento ambulatorial na rede pública, de acordo com a necessidade de cada paciente. Agora com o Centro de Atendimento Especializado de Queimaduras, passam a ter todo o serviço centralizado aqui no Hospital Ferreira Machado”, explicou.
Ainda segundo Tércio, “a queimadura se divide em duas fases: a imediata e a tardia. Na fase imediata, o paciente recebe o tratamento inicial, onde é internado ou não, de acordo com a gravidade da extensão da superfície queimada, com a profundidade da área queimada e com os agentes causados. Passando por essa fase crítica, onde tem grande risco de morbidade e mortalidade, os pacientes passam por uma segunda fase da queimadura, a tardia. Nessa, é muito frequente sequelas da queimadura, tais como contraturas das cicatrizes, quelóides, cicatrizes hipertróficas, cicatrizes escuras e bridas. Esses pacientes passarão ser acompanhados pelo CAEQ”, complementou.