Os partidos União Brasil e Progressistas formalizaram, nessa terça-feira (29), o lançamento da Federação União Progressista. Antes da cerimônia, no mesmo dia da oficialização, o presidente da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), Rodrigo Bacellar, que é o nome cotado de seu partido para a disputa ao Governo do Estado, se reuniu com o senador Flávio Bolsonaro (PL), também em busca de alianças políticas, assim como fez com o ex-presidente Jair Bolsonaro em março deste ano, na Quarta-feira de Cinzas.
A aliança entre as legendas também deve afetar a política campista, uma vez que o PP é o partido do prefeito Wladimir Garotinho e o União é presidido por Bacellar, seu adversário político. Com a Federação oficializada, Wladimir e Bacellar poderão ter que dividir palanque na composição, caso não haja uma troca de partido.
Bacellar participou da cerimônia que formalizou a Federação. Nas redes sociais, o presidente da Alerj, que é cotado para a disputa ao governo do Rio de Janeiro em 2026, disse que é “uma honra estar ao lado de tantos líderes e amigos, mostrando a força a força da união em torno do progresso do Brasil”.
O lançamento da aliança ocorre após meses de negociações entre os presidentes do União, Antonio Rueda, e do PP, Ciro Nogueira. Ambos farão uma co-presidência da federação até o final deste ano. Em janeiro de 2026, um novo presidente deve ser escolhido pelo grupo. A tendência é que a federação não apoie o nome do presidente Lula à reeleição.
A direção da Federação no estado do Rio, por ser um dos principais colégios eleitorais, vai ser definida por uma negociação envolvendo as direções nacionais dos dois partidos. Em outros estados, foram definidos outros critérios, como o partido que tem o governador do estado e o número de deputados federais de cada legenda.
Segundo a legislação eleitoral, o modelo de federação impõe aos partidos um tipo de parceria
que deve durar no mínimo quatro anos. É diferente da coligação, quando a combinação se dá
apenas durante as eleições. As legendas ficam obrigadas a atuarem juntas em disputas
majoritárias, a presidente, governador e prefeito.
Entre os benefícios da aliança, além de maior poder de negociações em Brasília, está a parte
financeira. Os resultados eleitorais serão somados para o cálculo dos recursos de campanha e,
juntos, Progressistas e União Brasil poderão receber a maior fatia do Fundo Especial Financeiro de Camapanha.