A primeira sessão da Câmara Municipal de Campos após a polêmica eleição para Presidência da Casa que definiu o nome do líder da oposição, Marquinho Bacellar (Solidariedade), na terça-feira (16), começou com briga entre os parlamentares. Com a confusão, a sessão foi suspensa provisoriamente e, logo em seguida, encerrada.
O atual presidente, Fábio Ribeiro, ao abrir a sessão, comunicou em plenário que deu provimento a dois processos administrativos que foram encaminhados à Procuradoria da Câmara pedindo a anulação da votação que elegeu Marquinho Bacellar, presidente da Casa, na sessão de terça-feira (16).
Um dos processos foi movido pelo vereador Juninho Virgílio e o outro, em conjunto entre os parlamentares Thiago Rangel, Bruno Pezão, Pastor Marcos Elias, Dandinho de Rio Preto e Kassiano Tavares.
“O primeiro foi baseado no princípio da publicidade e o outro baseado na não votação do vereador Nildo Cardoso e consequente desrespeito ao regimento interno da Casa. Informou aos senhores que dei provimento, suspendendo a votação para Mesa Diretora e a anulando o processo eleitoral de ontem”, afirmou Fábio Ribeiro.
A oposição questionou que o pedido de anulação e suspensão da eleição para Mesa Diretora não entraram em discussão e votação e uma briga de posicionamento se formou. Fábio Ribeiro disse que tomou a decisão baseado nos artigos 225 e 227 do Regimento Interno e sugeriu que os vereadores de oposição que não concordaram, recorram oficialmente do ato e apresentem alegações.
Voto de Nildo Cardoso
Um dos motivos alegados pelos vereadores da base governista para pedir a anulação da eleição foi que o parlamentar Nildo Cardoso não teria votado. Segundo os vereadores da situação, ele não teria sido chamado para dar o voto, mas o fez publicamente minutos antes, em seu discurso na tribuna.
Com o encerramento da sessão, os vereadores da oposição gravaram um vídeo informando que 13 parlamentares vão à delegacia tentar registrar um boletim de ocorrência.
“Mais uma vez o presidente nos impediu o direito a fala e anulou a votação legal que aconteceu ontem. Vamos na delegacia fazer BO por crime. Pois fomos eleitos para termos direito a fala, representar a população e direito de fiscalizar o prefeito e isso não estamos conseguindo fazer. Enquanto não tivermos voz e não sermos respeitados, não terá mais sessão nessa Casa”, disse o vereador Marquinho Bacellar, em vídeo. Os parlamentares querem que a polícia investigue o crime de abuso de autoridade supostamente praticado por Fábio Ribeiro.
Fonte: Terceira Via