sexta-feira, 9 de julho de 2021

MP dá 10 dias para Campos solucionar falta de profissionais de neurologia de crianças


Uma lista de espera de crianças e adolescentes que precisam de atendimento de neurologia e psiquiatria, pela rede pública municipal de saúde de Campos, foi identificada pelo Ministério Público, no município. O motivo, segundo a Promotoria de Justiça de Tutela Coletiva da Infância e Juventude do Ministério Público, é a insuficiência de médicos que atendam a demanda. O caso vem sendo acompanhando desde janeiro deste ano e um prazo de 10 dias foi dado à Prefeitura de Campos para solucionar o problema.

Segundo o MP, “identificada a insuficiência dos médicos e diante da ausência de resposta do poder público municipal, o Ministério Público solicitou a realização de diligência pelo Conselho Tutelar no Centro de Referência de Tratamento da Criança e do Adolescente (CRTCA), que concentra os atendimentos desta natureza. A diligência, feita na última quarta-feira (07), identificou a existência de grande lista de crianças e adolescentes a espera de atendimento neurológico e de filas até mesmo para agendamento”, pontuou trecho de nota.

Após a constatação, na tarde da última quinta-feira (8), uma reunião foi realizada com a participação de representantes dos Conselhos Tutelares, da diretoria do CRTCA e do Secretário Municipal de Saúde, Adelsir Barreto. Segundo informações do MP, como medida emergencial, o município se comprometeu a disponibilizar mais um neurologista para atender no CRTCA à demanda de espera.

Além disso, um novo prazo de 10 dias úteis foi concedido para que a Secretaria Municipal de Saúde apresente ao MP a relação da distribuição dos profissionais neurologistas e psiquiatras que atendem crianças e adolescentes no município, além da demanda de pacientes aguardando atendimento nos demais equipamentos municipais de saúde.

A Promotoria de Justiça de Tutela Coletiva da Infância e Juventude afirmou que vai continuar acompanhando a questão para que o problema seja solucionado. Na próxima semana, uma nova fiscalização deve acontecer para verificar se o acordo foi cumprido por parte da prefeitura.


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Fonte: Terceira Via