quinta-feira, 21 de fevereiro de 2019

Delegada dá detalhes sobre homicídio cometido por pastor em Atafona

(Foto: reprodução)
A delegada titular da 145ª Delegacia de Polícia de São João da Barra, Madeleine Farias, deu detalhes sobre o caso do pastor que assassinou um jovem de 21 anos na última segunda-feira (18), em Atafona. O pastor Rael, como era conhecido Israel Maciel Gonçalves Ribeiro, de 44 anos, deu um depoimento de aproximadamente 3h à Polícia Civil, quando confessou e contou detalhes sobre o crime. Ele está solto porque não foi capturado em flagrante, mas aguarda a obtenção do mandado de prisão emitido pela Justiça. Uma mulher, que teria se passado por fiel da igreja e prestado um depoimento com informações inverídicas, foi presa em flagrante por falso testemunho.

Segundo a delegada, o pastor confessou o crime e disse que o motivo que o levou a praticá-lo foram as constantes ameaças que sofria do jovem Lucas Muniz Abucezze que morava próximo à Igreja Assembleia de Deus comandada por Israel e era usuário de drogas.

O pastor contou aos agentes da Polícia Civil que Lucas insultava ele, a família e outros membros da igreja constantemente. Com medo das ameaças do jovem, Israel passou a andar armado, com um revólver antigo de seu pai. No dia do crime, Lucas teria, mais uma vez, xingado e ofendido o pastor que efetuou os disparos.


Lucas foi atingido por quatro tiros, o primeiro no tórax, outros dois nas costas e o último na nuca. Após cometer o homicídio, Israel fugiu com a arma do crime e se escondeu na casa de sua falecida mãe, no Parque Prazeres, onde permanecia até quarta-feira (20), quando procurou à delegacia para fazer a confissão, por volta das 21h.

Ainda de acordo com a delegada, o pastor deve ser preso assim que o mandado de prisão for expedido e vai responder por homicídio qualificado privilegiado. A pena para esse crime é de 12 a 30 anos de prisão, podendo ser reduzida para 1/3 a 1/6 do tempo de cumprimento previsto.


Lucas já tinha passagem pela polícia por furto e posse de drogas para consumo próprio.

Mulher — Maria Magdalena da Silva Moreira, de 50 anos, foi presa em flagrante após dar um depoimento falso na delegacia sobre o referido crime. Ela disse que era fiel da igreja e que o pastor teria sido baleado por Lucas e disparou contra ele para se defender. Essa informação não é verdadeira. Israel não foi ferido por arma de fogo. Quando os policiais e a delegada tiveram a confirmação de que o depoimento não procedia, autuaram a mulher por falso testemunho. Ela pagou fiança de R$ 1 mil e foi liberada, mas terá de responder pelo crime.






Fonte: Terceira Via