sexta-feira, 3 de fevereiro de 2023

Rodrigo Bacellar é eleito presidente da Alerj


Depois de muitos capítulos de surpresa na eleição à presidência da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), finalmente, a história teve um desfecho e o deputado Rodrigo Bacellar (PL) foi eleito, nesta quinta-feira (2), por chapa única. Foram 56 a favor, 13 abstenções e nenhum voto contra. A votação para eleger Bacellar aconteceu de forma aberta, logo após decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) anular votação secreta determinada também na manhã desta quinta, em caráter liminar, pelo desembargador Henrique Carlos de Andrade Figueira. É a primeira vez que um campista chega à presidência da Casa.

Em parte do seu discurso, Bacellar falou em aprofundar conexão com o povo fluminense. ‘Um Rio de Janeiro forte só existe com um interior forte’, destacou. Ele falou, ainda, sobre Reforma Tributária para geração de desenvolvimento no estado, sobre ampliação da comunicação na Alerj e, também, em aprimoramento de canais de transparência.

Disputa – Até o início da tarde desta quinta, tanto Rodrigo Bacellar quanto Jair Bittencourt, ambos do PL e da base do governo Cláudio Castro (PL), estavam concorrendo à presidência da Alerj. Contudo, Bittencourt optou pela desistência à candidatura. Ele alegou que “pelo bem do Estado do Rio de Janeiro e por uma recomposição que precisa ser feita”, retirava sua candidatura, conforme registrou a colunista do Extra, Berenice Seara.

Jair Bittencourt pede palavra – Na disputa à presidência da Casa até uma hora antes da votação, o deputado Jair Bittencourt pediu a palavra para justificar sua desistência antes de iniciar a votação.

Ele disse que é histórico esse entendimento antes da votação, declarou voto a Rodrigo Bacelar, seu ex-oponente na disputa à presidência da Alerj. Bittencourt também defendeu o debate. “Durante toda essa semana nunca deixamos de dialogar mas não houve o debate. Hoje estamos todos aqui, com direito de assembleia geral, fazendo o debate”, pontuou.

Jair destacou, ainda, que continua na base do Governador no Rio, Claudio Castro. “Governador Claudio Castro tem toda a minha consideração, todo respeito, eu continuo na base do governador”, afirmou. Jair também negou que houvesse motim em sua candidatura: “Eu saio com a alma lavada. Tudo que fiz foi de coração”.

E seguiu dizendo ao Bacellar: “meu presidente, conta comigo. Eu tenho um jeito um pouco diferente do seu, mas admiro o seu trabalho”.


Leia mais sobre o que Bacellar disse em seu discurso

Confirmada a presidência, Bacellar deu posse à chapa completa da mesa diretora e, antes de discursar, pediu aos presentes um minuto de silêncio em respeito a morte da jornalista Glória Maria, nesta quinta (02).

Agradecimentos – Em sua fala, fugindo ao discurso inicial, Bacellar fez agradecimentos à família, inclusive ao seu pai, Marcos Bacellar, que estava presente. “Meu grande mestre, meu grande educador, um matemático, sindicalista nato”, segundo Rodrigo, de criação dura, mas que criou um filho com ‘casco duro’ também. Rodrigo agradeceu aos amigos, vereadores presentes e citou entre parceiros o conselheiro do Tribunal de Contas, Domingos Brazão; o ex-presidente da Alerj, deputado André Ceciliano (PT) e o Governador do Rio de Janeiro, Claudio Castro. “Não tenho medo de falar o quanto é grande meu carinho e lealdade a esse cara”, destacou Bacelar.

Executivo e Legislativo – O presidente da Alerj também falou do período em que esteve ao lado do Governador do Rio, como secretário de Estado de Governo. Segundo ele, o trabalho realizado junto à equipe permitiu que o caixa ficasse no azul e as contas equilibradas. Quanto à união entre Governo e legislativo, ele destaca que “um Governador só consegue andar com apoio maciço do parlamento”, num Estado de Direito.

União – Bacellar defendeu a união como um compromisso permanente e disse que “a democracia não é prioridade de uma pessoa”, que é plural e se ergue da integração. Disse que a riqueza da assembleia se expressa nas diferenças. ‘A democracia dos grupos é página virada nesta Casa […]. A eleição de chapas acabou nesta data – a partir de agora é abaixar as armas pela união,’ colocou.