quinta-feira, 9 de março de 2023

Execução de Letycia Peixoto teria sido encomendada por R$ 5 mil


Os quatro dos cinco presos por envolvimento na execução da gestante Letycia Peixoto Fonseca receberiam a quantia R$ 1.250, cada. Letycia foi assassinada na noite do último dia 02, no Parque Aurora. Sua mãe também foi baleada e o bebê chegou a nascer vivo, mas morreu horas depois.

 O crime bárbaro completou uma semana nesta quinta-feira. Segundo o jornal Extra, os suspeitos apontados como o executor do crime e o condutor da moto utilizada no assassinato teriam sido abordados pelo Batalhão de Polícia Rodoviária (BPRv) horas antes do crime, na RJ 238, em um Voyage branco, sem placa. Eles teriam passado pelo BPRv em alta velocidade, por volta das 18h do dia 02 de março, e foram abordados em uma estrada de terra, mas nada de ilícito foi encontrado com os dois.

 O jornal Extra publicou, ainda, que horas antes do crime o companheiro e o suposto pai do filho de Letycia, Diogo Viola de Nadai, de 40 anos, apontado como mandante do crime, teria pedido que ela fizesse um empréstimo de R$ 16 mil para pagar dívidas de sua loja. A informação teria sido dada por Cintia Pessanha Peixoto Fonseca, mãe de Letycia, na delegacia e foi uma das informações usadas pelo Tribunal de Justiça para decretar a prisão temporária do professor.


Considerado pela investigação como mandante do crime, Diogo é professor do campus Guarus do Instituto Federal Fluminense (IFF) e empresário. Ele foi preso no início da noite dessa terça-feira (7) sob aplausos de populares que estavam na delegacia.

 Ele preferiu ficar em silêncio durante o depoimento. O companheiro de Letycia chegou a prestar depoimento, na presença de dois advogados, nessa segunda-feira (6), mas foi liberado. Segundo a delegada Natália Patrão, ele se negou a fornecer material genético para exame de DNA que confirmaria se ele era pai ou não do bebê de Letycia, que recebeu o nome de Hugo e morreu horas depois da mãe, na UTI da Beneficência Portuguesa, após um parto de emergência. 

Diego participou do velório e do sepultamento das vítimas e chegou a carregar o caixão do bebê. A equipe de reportagem tentou contato com a defesa de Diogo e aguarda resposta. Também nessa terça-feira, o proprietário da motocicleta utilizada no homicídio foi preso. Ele chegou a ser levado para a delegacia na segunda-feira (6), mas foi liberado. Porém, com o avanço das investigações, voltou a ser preso. A Polícia Civil ainda conseguiu prender, na segunda-feira (6), um homem apontado como interlocutor entre o mandante e os executores do crime. Nesse mesmo dia, o suspeito de ser o atirador foi preso, mas preferiu não falar em depoimento. 

O primeiro suspeito a ser preso foi o condutor da moto, que foi capturado pelos agentes da 134ª DP no último sábado (4). Em depoimento, ele confessou a participação no assassinato, segundo a delegada. Detalhes que ainda não foram divulgados Com a prisão dos suspeitos de serem os executores e do possível mandante, alguns detalhes sobre a dinâmica do crime ainda não foram divulgados, como a motivação do assassinato de Letycia, a relação do Diogo com o interlocutor, além do valor pago para que o executor atirasse nas vítimas. 

A delegada Natália Patrão deve convocar uma coletiva de imprensa nos próximos dias. Relação do suspeito com a família da vítima Após a prisão do companheiro de Letycia, nessa terça-feira, o tio-avô da vítima, Célio Peixoto, disse que Diogo era uma pessoa reservada, não gostava de sair em fotos e vídeos e não participava muito da convivência familiar. Além disso, o tio falou sobre um empréstimo feito por Letycia a Diogo, que teria sido usado para abertura de uma loja em Campos.

 A mãe de Letycia, Cintia Fonseca, descreve Diogo como uma pessoa muito inteligente, mas manipuladora. “Ele é inteligente demais, tanto que conseguiu trabalhar a mente dela, mesmo minha filha também sendo uma pessoa inteligente e esperta”, contou Cintia.