A sessão desta quarta-feira (22) do Tribunal de Contas do Estado pode ser decisiva para uma obra aguardada há mais de 40 anos na região. O conselheiro Christiano Lacerda Ghuerren é relator de um processo que aponta superfaturamento superior a R$ 30 milhões na obra da Ponte da Integração, que ligará os municípios de São João da Barra e São Francisco de Itabapoana. E o processo, que segundo o Governo do Estado impediria a retomada da construção, está na pauta complementar da sessão desta quarta. O governador Cláudio Castro (PL), em visita à região no início de agosto, afirmou que se houver liberação do TCE, a obra será iniciada em no máximo 30 dias — e, segundo ele, também será concluída.
Já reservei (recursos) para terminar, não só a ponte, mas para fazer os acessos. (...) Ouvimos do presidente do Tribunal de Contas que há uma intenção de liberar a obra. Estamos na torcida e na oração. (...) A hora que liberar, em menos de 30 dias essa obra já voltou e será terminada o mais breve possível. E eu faço um compromisso com São João da Barra, que ainda que esse dinheiro fique em caixa, eu vou proibir que se gaste esse dinheiro para qualquer outra coisa, que não seja a Ponte da Integração — disse Castro, durante sua visita à SJB em 07 de agosto.
Vale lembrar que recentemente o deputado estadual campista Rodrigo Bacellar (SD), licenciado para assumir a secretaria de Governo de Castro, esteve no TCE com o presidente da Corte, Rodrigo Melo do Nascimento, e com o conselheiro relator do processo sobre a ponte, Christiano Lacerda Ghuerren. A intenção dos encontros era encontrar uma saída para que a obra, aguardada há mais de 40 anos, enfim pudesse ser retomada.
Em julho, uma reportagem especial sobre os 40 anos de espera pela conclusão da ponte que ligaria SJB ao antigo sertão. Batizada de João Figueiredo, antes mesmo de ficar pronta, a obra foi anunciada oficialmente em julho de 1981, mas ficou só nos pilares. Em 2014, veio a promessa de outra ponte, a da Integração: a nova construção, diziam, seria mais econômica e célere do que se fossem utilizados os antigos pilares. A obra tinha um ano como prazo de conclusão, mas até agora não terminou.
Se houver a liberação do TCE, a expectativa é que Castro cumpra a promessa de conclusão. E dinheiro parece que não será problema, já que sua gestão tem o incremento de R$ 14,5 bilhões a partir do leilão da Companhia Estadual de Águas e Esgotos (Cedae).
Fonte: Blog do Arnaldo Neto