quinta-feira, 18 de maio de 2023

Carla Machado: Por uma cultura de paz e não-violência nas escolas


Na pós-pandemia de covid-19, a sociedade parece ter sido acometida por uma catarse de violência e desamor. Ao redor do mundo, temos assistido, estarrecidos e consternados, a cenas e episódios trágicos, principalmente nas comunidades escolares, fomentadas por discursos que disseminam ódio e incompreensão.

Este fenômeno também é fruto da difusão de ideologias extremistas, potencializada pela espetacularização da mídia e a busca por notoriedade. Muitas pessoas, influenciadas por outros casos, agem contra a comunidade escolar, mesmo não estando inseridos nela. É o que especialistas chamam de ‘efeito contágio’, detectado entre pessoas expostas exaustivamente a cenas de violência pelas redes sociais e pelos noticiários.


Infelizmente, sabemos que, muitas vezes, ataques às escolas têm como agentes pessoas que sofrem com transtornos psíquicos, que podem ter sido potencializados pela falta de convívio social no período pandêmico. O isolamento, necessário como medida sanitária, trouxe problemas domésticos, causando número recorde de dissoluções de famílias, refletindo-se, muitas vezes, no ambiente escolar.


O grande volume de agressões, ataques e até mortes em escolas que temos assistido está relacionado não somente com a condição externa às dependências escolares, especialmente em áreas de maior vulnerabilidade social, mas aos próprios alunos e professores. A falta de ações que favoreçam o sistema educacional tem promovido um ambiente hostil a muitos alunos, professores e funcionários.

O Estado necessita estar mais presente nas escolas, com objetivo de reduzir a possibilidade de que ocorrências e atentados como aqueles que infelizmente já pudemos acompanhar se tornem frequentes. É necessário o trabalho contínuo em busca da redução de ocorrências trágicas como estas que temos assistido pelas TVs e redes sociais. Mais que isso, necessitamos de políticas públicas que busquem soluções efetivas, ou seja, resolvendo o problema na sua origem.


Muitos jovens, crianças e adolescentes trazem consigo problemas preexistentes, que requerem uma investigação maior, a fim de que se possa tratar, por equipe especializada e interessada em mitigar esses problemas. Mesmo sem a questão pandêmica, infelizmente testemunhamos a falta de apoio mais sistêmica e estrutural à comunidade escolar.

O grande volume de agressões, ataques e até mortes em escolas que temos assistido está relacionado não somente com a condição externa às dependências escolares, especialmente em áreas de maior vulnerabilidade social, mas aos próprios alunos e professores. A falta de ações que favoreçam o sistema educacional tem promovido um ambiente hostil a muitos alunos, professores e funcionários.



O Estado necessita estar mais presente nas escolas, com objetivo de reduzir a possibilidade de que ocorrências e atentados como aqueles que infelizmente já pudemos acompanhar se tornem frequentes. É necessário o trabalho contínuo em busca da redução de ocorrências trágicas como estas que temos assistido pelas TVs e redes sociais. Mais que isso, necessitamos de políticas públicas que busquem soluções efetivas, ou seja, resolvendo o problema na sua origem.






Fonte: O Dia