quinta-feira, 3 de agosto de 2023

Seminário gratuito “Artes afro-brasileiras no Sesc Quitandinha em Petrópolis


O Centro Cultural Sesc Quitandinha, em Petrópolis, tem o prazer de convidar, no dia 5 de agosto de 2023, às 15h, para o seminário gratuito “Artes afro-brasileiras: estéticas, ativismos e poder”, com a historiadora e antropóloga Lilia Schwartz, e o historiador Flávio Gomes, curador da área de pensamento – linguagem escrita, literária e oral – de “Um oceano para lavar as mãos”, a exposição inaugural do Centro Cultural Sesc Quitandinha, em Petrópolis, que ficará em cartaz até o dia 17 de setembro de 2023.

“No Brasil – como em todas as partes do mundo – as artes e seus protagonistas foram paisagens e personagens de insurgências, inflexões, falas e imagens. Quase nunca reconhecidas, e mesmo invisibilizadas, as artes afro-brasileiras produziram sinais únicos para as culturas brasileiras. É possível tomar as formas artísticas negras como narrativas e linguagens de protestos e projetos políticos de inclusão e poder”, diz Flávio Gomes. “Neste seminário, Lilia Schwarcz nos apresenta reflexões sobre estas dimensões ambíguas de silêncios e sons entre insurgências artísticas na diáspora contemporânea”, explica.

Este é o último dos quatro seminários previstos na programação da exposição de “Um oceano para lavar as mãos”. Já foram realizados – desde a abertura da mostra, em abril – três seminários: “Performances, escrita e personagens”, com a escritora, roteirista e jornalista Eliana Alves Cruz e o escritor, ensaísta, dramaturgo e roteirista Tom Farias; “Gênero, Arte e Diáspora”,com as historiadoras Iamara Viana e Raquel Barreto; e “Rebeldes Diásporas”, com os historiadores João José Reis,da Universidade Federal da Bahia, e Isadora Mota, da Princeton University, nos Estados Unidos. Esses seminários foram registrados em vídeo, e seu lançamento será anunciado no perfil da exposição no Instagram: @umoceanoparalavarasmaos.

“UM OCEANO PARA LAVAR AS MÃOS”

A exposição “Um oceano para lavar as mãos”, que tem curadoria de Marcelo Campos e Filipe Graciano, reúne obras dos artistas negros Aline Motta, Arjan Martins,Ayrson Heráclito,Azizi Cypriano, Cipriano, Juliana dos Santos,LidiaLisbôa, Moisés Patrício, Nádia Taquary, Rosana Paulino, Thiago Costa e Tiago Sant'ana, que ocupam um espaço monumental de 3.350 metros quadradosdo Centro Cultural Sesc Quitandinha, em Petrópolis.

A exposição é acompanhada, até seu término, em 17 de setembro de 2023, de uma programação gratuita de música, cinema, teatro, literatura, atividades infantis, oficinas e seminários. O Café Concerto do Centro Cultural Sesc Quitandinha, amplo teatro com capacidade para 270 pessoas, sedia a programação de música e cinema. A curadoria de música é do cantor, compositor, violonista e poeta baiano Tiganá Santana. A mostra de cinema tem como curador Clementino Junior, cineasta dedicado à difusão da obra audiovisual racializada. Flávio Gomes, pesquisador da história atlântica: escravidão e emancipação nas Américas, é o curador das ações da linguagem escrita, literária e oral, formatadas como seminários, na Biblioteca.




O grupo Pretinhas Leitoras, formado pelas gêmeas Helena e Eduarda Ferreira, nascidas em 2008 no Morro da Providência, no Rio de Janeiro, está à frente das atividades infantis, que são feitas na Sala de Crianças do CCSQ. Para ampliar a percepção do público das obras expostas, estão programadas seisoficinas, e a primeira delas, o Ateliê de Artista, com Cipriano, será feito também no dia 29 de julho.

Os curadores-gerais da exposição “Um oceano para lavar as mãos” destacam que “pensar a história do Brasil é se aproximar, inevitavelmente, de um passado diaspórico. O corpo negro se reconfigura em lócus de outros atravessamentos que, hoje, apresentam-se em uma renovada potência crítica quando nos conscientizamos dos sujeitos invisibilizados por um passado colonial, imperial e escravocrata. Um mar de distância separa saberes e tradições de sujeitos desapropriados e sequestrados de suas terras que passaram a ser explorados. Um mar, um oceano, onde muitos lavaram as mãos em sentido duplo é ambíguo. Se ainda vivemos em uma sociedade racista, pouco foi feito para a igualdade racial. Contudo, este mesmo mar nos traz as divindades que nos ajudam a limpar e expurgar tanta desumanidade. A partir dessas observações constrói-se coletivamente a exposição ‘Um oceano para lavar as mãos’”.

Serviço:

Seminário “Artes afro-brasileiras: estéticas, ativismos e poder”

5 de agosto de 2023, às 15h

Centro Cultural Sesc Quitandinha (Avenida Joaquim Rolla, nº 2)

Entrada gratuita