quarta-feira, 6 de maio de 2015

TRÁFICO IMPEDE CIRCULAÇÃO DE ÔNIBUS NO BAIRRO NOBRE DE CAMPOS

(Foto: Silvana Rust | Terceira Via)
A empresa Turisguá está proibida de atuar nas linhas que ligam o centro da cidade ao bairro do Horto, em Campos. Pelo menos, é o que circula nas redes sociais. Ao contrário do que se pode imaginar, a ordem não teria partido do Instituto Municipal de Trânsito e Transportes (IMTT), e sim, dos traficantes da comunidade Tira Gosto que, no último domingo (3) teriam ameaçado incendiar os ônibus que estivessem trafegando. Os moradores do bairro e passageiros - que diariamente utilizam os coletivos - estão contando apenas com duas vans e dois ônibus de outra empresa. 

Além das ameaças, os traficantes exigem ainda que a Turisguá pague propina para atuar nas linhas. Os criminosos teriam ameaçado levar os veículos para a comunidade e incendiá-los, caso a empresa não obedecesse à ordem.

De acordo com um funcionário da empresa - que pediu para não ter a identidade revelada - os coletivos faziam as linhas Uenf-Centro, Uenf-Shopping Estrada. Ele informou que motoristas e cobradores estão temerosos em voltar a trabalhar nessas linhas.

"A informação chegou à Polícia Militar e eu pedi que um supervisor fosse até a empresa para saber o que estava acontecendo. Até o momento não houve nenhum registro oficial sobre este caso. Mesmo assim, determinei que os policiais fizessem uma operação na Tira Gosto”, explicou o comandante do 8º Batalhão de Polícia Militar, o tenente-coronel Marcelo Freimam.

Nesta terça-feira, o comandante se reuniu com representantes do IMTT para saber se existe algum problema nas linhas de ônibus da cidade. “Todas as medidas serão tomadas para garantir a segurança dos usuários de ônibus e também dos profissionais que trabalham nos coletivos”.

Sempre respeitando o princípio do contraditório e buscando as diferentes versões para um mesmo fato, o jornal Terceira Via tentou contato por telefone com a empresa, mas ninguém atendeu. Ainda assim, o jornal aguarda e publicará versão dela para este fato.




Fonte: Terceira Via