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| (Foto: Ralph Braz) |
Oito alunos do Liceu de Humanidades de Campos, sendo sete menores e um maior de idade, foram levados para a 134ª Delegacia de Polícia na manhã desta segunda-feira(12) em razão de armazenarem em seus celulares um vídeo com cenas de uma aluna uniformizada, de 14 anos, fazendo sexo oral com um rapaz, também estudante do Liceu. O vídeo foi divulgado em um aplicativo de mensagens (WhatsApp) na última semana. A Polícia Civil e o Conselho Tutelar compareceram na manhã desta segunda-feira(12) ao Liceu.
A ação foi comandada pela delegada adjunta da 134ª DP/Centro, Natália Patrão, que explicou porque resolveu conduzir os alunos. “Estive na sala e pedi para que colocassem os celulares sobre a mesa e se manifestassem sobre quem tinha o vídeo armazenado”, disse a delegada. Ela explica ainda que o caso não depende da vítima procurar a polícia, razão porque resolveu realizar a ação nesta manhã, acionar o Conselho Tutelar e em seguida conduzir os alunos.
“O único aluno maior de idade que tinha o vídeo, um rapaz de 18 anos, foi autuado em flagrante e enquadrado no artigo 241 do Estatuto da Criança e do Adolescente(ECA). O artigo prevê delito para quem armazena por meio vídeo ou outra forma de registro que contenha sexo explícito ou pornográfico envolvendo criança ou adolescente”, ressaltou a delegada. Ela explicou também como os sete alunos menores conduzidos foram enquadrados. “O menores foram enquadrados por ato infracional análogo ao artigo 241- B do Estatuto da Criança e Adolescente. Após ser lavrada a ocorrência, os menores foram entregues aos pais e o caso encaminhado ao Ministério Público da Infância e Juventude”, declarou.
Já os dois menores envolvidos diretos na cena serão enquadrados por ato infracional análogo ao crime de ato obsceno, por terem se submetido a isso em local público. O aluno maior autuado foi liberado após pagamento de fiança no valor de R$ 241,00.
Alguns pais questionaram o fato da delegada e policiais civis terem entrado armados no Liceu.
“Havia flagrante de ato infracional na escola e fui obrigada a entrar e agir. A arma é a nossa ferramenta de trabalho. Mas, a sociedade as vezes não entende. O professor trabalha com giz e caneta e nós, da polícia, trabalhamos com a arma”, esclareceu a delegada.
Fonte: Campos24horas
