O novo organograma da Prefeitura de Campos passará a ter vigor a partir de segunda-feira (1º). Desde antes da nomeação dos novos nomes que compõem a nova estrutura, os debates em torno da reforma administrativa já eram travados na Câmara, principalmente por conta de um projeto da prefeita Rosinha Garotinho (PR) que foi aprovado e concedeu aos subsecretários e cargos equivalentes o poder de ordenar despesas.
O líder do governo no Legislativo, Mauro Silva, chegou a declarar que as mudanças são sinais de modernidade. “A Prefeitura de Curitiba, apontada em todo o país como um modelo a ser seguido, dá poder aos subsecretários, diretores e superintendentes desde o ano de 2005. Trata-se de uma proposta para descentralizar o poder e dar mais celeridade aos trabalhos da Prefeitura”, afirmou.
Já o vereador Rafael Diniz, da bancada de oposição, ressaltou que o município merece respeito. “Estamos vendo um grupo fazer modificações por decreto, como foi no caso da mudança do organograma. Agora, fazem outras modificações para dar poder aos ‘subsecretários e cargos equivalentes’. Eles vão mudando sem dar grandes satisfações e ainda falam em transparência. É bom avisar que esse município não é a casa dos Garotinhos. Nossa cidade tem história e merece respeito”, frisou.
A prefeita Rosinha Garotinho (PR) iniciou na última sexta-feira (29) a reforma administrativa com a missão de enxugar a máquina e dinamizar os trabalhos da Prefeitura de Campos. Como a Folha já havia antecipado, a prefeita cortou secretarias, mas não deixou de abrigar os ex-secretários, que se transformaram em superintendentes, no segundo escalão, mas com poder para ordenar despesas. Com isso, o novo organograma conta com velhos conhecidos do governo Rosinha.
Ao todo, a máquina agora conta com 16 cargos no primeiro escalão e 20 superintendências, além das subsecretarias e mais de mil cargos comissionados. Após uma exoneração em massa, foram nomeados, interinamente, secretários, subsecretários, superintendentes e chefias de unidades de Saúde. Durante essa semana a prefeita deve dar sequência, com novas nomeações.
Em Macaé, Legislativo ainda votará projeto
Há ainda a expectativa para a reforma administrativa da prefeitura de Macaé. Esta semana termina o prazo para a Câmara Municipal votar a proposta de entregue pelo prefeito Dr. Aluízio (PV), ao Legislativo, no dia 12 de maio. Os parlamentares aprovaram o pedido, de caráter urgência, do Executivo, que prevê a votação da pauta em até 20 dias, a partir do requerimento. O projeto de Lei reduz de 62 para 25 secretarias, com seus respectivos fundos municipais, além de sete órgãos da administração indireta. Se aprovada em junho, a economia até o final do governo, em 2016, será, em média, de R$ 51 milhões.
A proposta do governo, com o projeto de lei, é economizar cerca de R$ 34 milhões por ano e tornar a gestão da prefeitura mais eficiente com a diminuição das tramitações processuais e com o maior controle, devido à simplificação dos processos e à aglutinação de departamentos.
Fonte: Folha da Manhã