(Foto: Ralph Braz) |
Após inúmeras irregularidades encontradas durante fiscalizações do Ministério Público Federal (MPF) feitas no mês de maio em diversos hospitais e postos de saúde de Campos, a Câmara Municipal realiza nesta segunda-feira, audiência públicas sobre a saúde. Na parte da manhã, aconteceria a apresentação do relatório de gestão do 1º quadrimestre de 2015 da Secretaria Municipal de Saúde. Mas, a apresentação foi adiada para a tarde, a partir de 16h. Também à tarde, às 17h, a saúde será discutida a pedido do vereador Jorge Magal (PR).
Um representante da pasta é quem fará a prestação de contas, que atende determinação da Lei Complementar nº 141/2012.
Também por exigência da lei, a audiência deve ser realizada na Câmara de Vereadores para levar ao conhecimento da população o que está sendo feito com os recursos destinados à saúde. Serão apresentados dados relativos às ações e investimentos dos recursos.
Já às 17h, o tema saúde voltará a ser debatido em outra audiência pública, proposta pelo vereador Jorge Magal. Entre as autoridades convidadas estão o vice-prefeito e secretário municipal de Saúde, Francisco Oliveira, o Dr. Chicão (PP); o presidente da Fundação Municipal de Saúde (FMS), Geraldo Venâncio; diretores de hospitais; entre outros.
— Vamos debater a saúde como um todo. Mostrar o que já foi feito de positivo pelo governo, mas também abordar a questão das filas para marcação de consultas, atendimento prestado pelos hospitais conveniados à prefeitura, saúde mental, entre outros — explicou o vereador Jorge Magal.
A princípio, a audiência proposta por Magal havia sido marcada para o dia 25 de maio, porém em virtude de mudanças na agenda da Câmara a reunião foi adiada para esta segunda.
MPF detectou irregularidades em hospitais
Em maio, o MPF realizou várias inspeções em hospitais da região e expôs uma ferida que gera dor, preocupação e constantes denúncias por parte da população: o caos na Saúde. Falta de estrutura física, medicamentos, ausência de médicos vinham sendo motivo de reclamações. O que surpreendeu, negativamente, como citou o procurador da República em Campos, Eduardo Santos de Oliveira, foram os remédios com data de validade vencida.
Nos dois maiores hospitais públicos municipais de Campos, Ferreira Machado (HFM) e Geral de Guarus (HGG), as inspeções do Ministério Público Federal (MPF) encontraram diversas irregularidades, que já eram alvo constantes de queixas. Superlotação, pacientes nos corredores e inúmeras reclamações de doentes e familiares. Além disso, escalas de médicos estavam fora do alcance do público.
Na ocasião, a assessoria da Fundação Municipal de Saúde, informou que “todas as unidades da Fundação, incluindo os dois hospitais, estão obrigadas a afixar em locais visíveis ao público, as escalas dos profissionais plantonistas”, entre outras melhorias.
Fonte: Folha da Manhã