Um terremoto de magnitude 6 atingiu o leste do Afeganistão na noite de domingo (31), deixando pelo menos 812 mortos e cerca de 2.800 feridos, segundo autoridades locais. O tremor ocorreu por volta das 23h47 (horário local), a uma profundidade considerada rasa – entre 8 km e 10 km –, o que potencializou os danos causados, principalmente em estruturas vulneráveis.
As províncias mais afetadas foram Kunar e Nangarhar, próximas à fronteira com o Paquistão. De acordo com o Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS), o epicentro foi localizado a 27 km da cidade de Jalalabad. Três vilarejos em Kunar foram completamente destruídos, e diversas outras comunidades registraram danos significativos.
As equipes de resgate enfrentam dificuldades para acessar regiões montanhosas remotas, muitas delas sem cobertura de telefonia móvel. O Ministério da Defesa informou que 40 voos militares foram realizados para transportar feridos e mortos. Hospitais locais estão sobrecarregados, e o Ministério da Saúde do governo Talibã fez um apelo por ajuda internacional para lidar com a tragédia.
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Este é o terceiro terremoto de grande impacto no país desde que o Talibã voltou ao poder em 2021. O atual desastre agrava a já delicada situação humanitária no Afeganistão, que sofre com a redução da ajuda internacional e a repatriação forçada de milhares de cidadãos afegãos por países vizinhos.
O porta-voz do governo, Zabihullah Mujahid, reconheceu os danos e lamentou as perdas, destacando os esforços de resgate em andamento. “Infelizmente, o terremoto desta noite causou vítimas humanas e prejuízos financeiros em algumas de nossas províncias orientais”, escreveu em publicação na rede social X (antigo Twitter).
Modelos do USGS indicam que cerca de meio milhão de pessoas podem ter sentido os tremores com intensidade forte ou muito forte. A vulnerabilidade das construções locais contribuiu para o alto número de vítimas.
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