sábado, 2 de agosto de 2025

Cedae diz em audiência pública na Alerj que não há estudo sobre venda de capital da estatal


O diretor da Companhia Estadual de Águas e Esgotos (Cedae), Humberto Mello, afirmou que não há estudo relacionado à venda de capital da estatal. A declaração foi feita durante audiência pública realizada nesta sexta-feira (01/08) pela Comissão de Saneamento Ambiental, da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), que discutiu os desafios enfrentados pela empresa no tratamento e fornecimento de água, além dos resultados da concessão dos serviços. A audiência coincidiu com a data em que a Cedae completou 50 anos.

No início deste ano, um consórcio formado por instituições financeiras foi contratado para elaborar um estudo de viabilidade econômico-financeira com o objetivo de fortalecer o capital da Cedae. “O que temos é uma empresa que está estudando o futuro da Cedae para os próximos 20 anos, mas não tem trabalho referente a venda da Cedae”, frisou o diretor da companhia.

Atualmente, a atuação da Cedae está restrita à captação e ao tratamento da água, que é posteriormente fornecida às concessionárias Águas do Rio, Aegea e Iguá, que desde 2021 são responsáveis pela distribuição de água e detêm a concessão por 35 anos. De acordo com dados da Secretaria Estadual da Casa Civil, a Cedae manteve margens expressivas de lucro mesmo após o leilão: em 2024, registrou um lucro de aproximadamente R$ 1 bilhão.


Controle do estado

Integrante do Conselho de Administração da Cedae, Jorge Briard defendeu a manutenção do controle estatal da companhia. “A Cedae é lucrativa e não necessita entregar seu controle acionário a investidores privados. A empresa tem créditos a receber, especialmente de repasses não realizados pelas concessionárias, que somam bilhões de reais. Além disso, possui um plano de investimentos robusto e é autossustentável, gerando receita ao Estado”, argumentou.

A defesa da gestão pública no caso da Cedae também foi feita pelo presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Purificação e Distribuição de Água e em Serviços de Esgotos de Niterói e Região (Sindágua-RJ), Ary Girota. Para ele, a produção estatal é essencial para garantir acesso à água com tarifas justas e qualidade no serviço. “Empresas privadas visam ao lucro e podem elevar os preços para o consumidor”, alertou.

Presidente da Comissão da Alerj, o deputado Jari Oliveira (PSB) reforçou a importância da permanência da Cedae como empresa estatal, no que foi acompanhado pelos deputados Luiz Paulo (PSD) e Dani Monteiro (PSol) que também participaram da audiência.

“A companhia é um ativo estratégico do Estado, responsável pelo abastecimento de milhões de fluminenses. Sua desestatização representaria não apenas um risco à soberania administrativa, mas também um grave atentado à segurança hídrica do Rio de Janeiro”, pontuou Jari.

Na mesma linha de raciocínio, Luiz Paulo disse que é preciso defender a Cedae pública, sem abertura de capital. "Se o governo se orgulha da Cedae produtora pelos resultados alcançados, vamos mantê-la como está. Por que abrir mão de algo que está dando certo? E isso é reflexo principalmente do trabalho coletivo dos funcionários da empresa”, comentou o parlamentar decano da Alerj.

Desequilíbrios contratuais

Jari destacou, ainda, a necessidade de atenção aos desequilíbrios contratuais e decisões administrativas. Ele apontou que os contratos firmados no início da concessão previam volumes fixos de água tratada a serem pagos à Cedae, mas que a empresa tem fornecido cerca de 20% a mais do que o estipulado, sem compensação adicional pelas concessionárias.

“O resultado é um desequilíbrio financeiro que prejudica os cofres públicos. Embora a Cedae tenha registrado lucro de R$ 1 bilhão, esse valor poderia ter ultrapassado R$ 2 bilhões caso os volumes efetivamente fornecidos fossem remunerados. Esses recursos pertencem à população e são fundamentais para ampliar investimentos e preservar os mananciais”, afirmou o parlamentar.

Outro ponto criticado pelo presidente da Comissão de Saneamento Ambiental foi a ausência de medidores de vazão que permitam mensurar a quantidade real de água fornecida. Conforme relatório do colegiado, apesar da previsão contratual e dos prazos estabelecidos, as concessionárias ainda não instalaram os equipamentos. “A Cedae segue recebendo por volumes estimados, o que acarreta perdas significativas para a companhia”, completou o parlamentar.

Descontos sem auditoria

A Comissão também questionou o desconto de 22% concedido à concessionária Águas do Rio no valor pago à Cedae referente ao Bloco 4 - que abrange o Centro e a Zona Norte da capital. A justificativa foi o elevado número de usuários atendidos pela tarifa social, mas, segundo os participantes da audiência, não houve auditoria técnica da Agenersa que embasasse a decisão.

De acordo com Jorge Briard, conselheiro da Cedae, o impacto financeiro ultrapassa R$ 800 milhões e contraria parecer da própria Procuradoria da companhia. “A decisão foi aprovada pela Casa Civil do Estado, em caráter excepcional e questionável”, criticou. Em resposta, o subsecretário da Casa Civil, Cássio Castro, afirmou que o desconto foi necessário diante de dificuldades previstas em contrato e da necessidade de viabilizar os investimentos.



Carro bate em poste e capota na madrugada deste sábado Campos



Na madrugada deste sábado (2), um veículo se envolveu em um acidente na Avenida Alberto Lamego, bairro Turf Club, em Campos dos Goytacazes,.

Segundo o Corpo de Bombeiros, por volta de 1h30 a corporação foi acionada para atender a ocorrência. Ao chegar ao local, os agentes encontraram um carro que havia colidido contra um poste e capotado em seguida. No entanto, o motorista não foi encontrado no local do acidente, e até o momento não há informações sobre seu estado de saúde.

O caso foi registrado na 134ª Delegacia de Polícia (centro).



Articulações: irmão de Francimara Barbosa Lemos é nomeado no governo Wladimir



O irmão da ex-prefeita de São Francisco de Itabapoana, Francimara Barbosa Lemos, foi nomeado subsecretário executivo de Assistência Social e Cidadania. A nomeação de Fagner Azeredo da Silva foi publicada em edição suplementar do Diário Oficial desta sexta-feira (1º) e passa a valer a partir do dia 12 de agosto.

Fagner já atuou como secretário de Trabalho e Desenvolvimento Humano em São Francisco de Itabapoana, na gestão da atual prefeita Yara Cinthia. Porém, após o rompimento político de Yara com a sua antecessora Francimara,


Fagner também pediu desligamento do cargo, em maio deste ano. Na ocasião, ele emitiu um comunicado nas redes sociais.

Antes da gestão Yara, Fagner também esteve à frente da pasta no governo da sua irmã Francimara. Em maio deste ano, o advogado e gestor público já havia se encontrado com o prefeito de Campos, Wladimir Garotinho (PP). Na ocasião, os dois tiveram "uma conversa agregadora e de muito aprendizado", conforme disse Fagner em suas redes sociais.





Fonte: Blog do Mário Sérgio Junior

sexta-feira, 1 de agosto de 2025

PM apreende grande quantidade de drogas e armas em bar desativado em São João da Barra


Na noite de quinta-feira (31), uma operação do Patamo V da Polícia Militar resultou na apreensão de um verdadeiro arsenal e uma grande quantidade de entorpecentes em um bar desativado na localidade de Chapéu do Sol, em Atafona, distrito de São João da Barra.

A ação aconteceu após denúncias que indicavam a movimentação de traficantes oriundos da cidade de São Francisco de Itabapoana, que estariam tentando se estabelecer na região. Segundo o boletim de ocorrência, a guarnição, ao chegar à Estrada da Imbaíba, onde fica o bar anteriormente usado por criminosos, realizou buscas no imóvel e encontrou dois sacos contendo armas e drogas.

Entre o material apreendido estavam: 79g de cocaína (em 79 pinos), 45g de maconha (44 buchas e cerca de 500g a granel), 1g de haxixe (1 sacolé), espingarda calibre 12, revólver calibre .32 (Taurus), garrucha calibre .22 (Rossi) e um pistolete sem identificação, simulacro de revólver calibre .38, dois carregadores de pistolas (.40 e 9mm), 32 munições de diversos calibres (.320, .38, .223, e 7,62x39mm), e uma balança de precisão e um coldre.

Todos os materiais foram levados para a 145ª Delegacia de Polícia de São João da Barra, onde ficaram apreendidos. A guarnição informou que utilizava câmeras corporais ligadas em modo de ocorrência durante toda a operação.

Apesar do volume do material recolhido, nenhum suspeito foi encontrado no local até o término da ação.




Alta temporada cerca de 80 mil turistas hospedados em Petrópolis entre maio e julho deste ano


O período da alta temporada do turismo em Petrópolis termina este mês com um saldo positivo na quantidade de turistas e visitantes. Entre 1º de maio e 31 de julho, a rede hoteleira, por exemplo composta por 6.600 leitos registrou 79.357 turistas hospedados. Os números dos museus administrados pela Prefeitura também revelam que a cidade é o destino preferido nesta época do ano. A Casa de Santos Dumont recebeu no período 47.389 visitantes e o Museu Casa do Colono, 5.580 pessoas.

No turismo, distingue-se turista quem dorme no destino e movimenta hotéis, alimentação e serviços locais de visitante quem chega para eventos ou atrações sem necessariamente pernoitar.


No recorte internacional, o Observatório do Turismo Regional registrou 50 mil turistas estrangeiros em Petrópolis entre janeiro e maio. “Considerando a proximidade de menos de 70 km da capital, além da riqueza histórica, natureza exuberante, e da infraestrutura de acesso, Petrópolis tem todas as condições de conquistar uma fatia maior desse mercado. Investir em parcerias com operadoras estrangeiras, roteiros temáticos e divulgação direcionada pode impulsionar o turismo internacional na cidade para os próximos anos”, destacou o secretário de Turismo, Pablo Kling.


Outro dado importante são as hospedagens na plataforma Airbnb. Na cidade são mais de dois mil imóveis disponíveis. Durante a Bauernfest, segundo levantamento do Disque Turismo, menos de 400 estavam disponíveis.