terça-feira, 16 de dezembro de 2025

Ministério Público dá 60 dias para Petrópolis apresentar um plano para a gestão tributária


Após uma série de inconsistências na gestão tributária de Petrópolis, apontadas pelo Ministério Público e o Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE-RJ), o procurador-geral da cidade, Fernando Fernandes, pediu 60 dias, a partir do dia 1º de Janeiro de 2026, para apresentar um plano de ação mediante a esta crise fiscal. A promotora titular da 2° Promotoria de Justiça de Tutela Coletiva de Petrópolis, Vanessa Katz, concordou com o pedido da Prefeitura. Ao fim dos 60 dias, uma nova audiência será marcada para a apresentação do plano.

O acordo aconteceu na tarde dessa segunda-feira (15), em audiência pública conduzida pelo juiz da 4ª vara Cível Dr. Jorge Luiz Martins, com presença do prefeito Hingo Hammes, do presidente da Câmara dos Vereadores Júnior Coruja, o secretário de Fazenda Fábio Júnior, além de mais autoridades do poder público para discutir as ações cabíveis para reparar as inconsistências da gestão tributária do município.


Em novembro de 2025, por meio de um relatório o TCE-RJ apontou erros na gestão de tributária do município referente entre os anos de 2021 e 2024. No ano de 2022, foi implementado pelo Ministério Público, um inquérito para apurar as distorções e deficiências no controle de gestão de crédito inadimplido e na dívida tributária da cidade. Além desses anos, o relatório do TCE-RJ, apontava erros neste controle desde 2015, principalmente na área de impostos imobiliários.

O município se defendeu afirmando que, somente no dia 04 de novembro de 2025, teve ciência do acórdão proferido pelo TCE-RJ, que no qual a Corte de Contas determinava a adoção de 49 providências para solucionar as irregularidades apontadas.

“O município buscou adotar providências que vão na mesma direção das determinações do TCE-RJ. Destaca-se um maior rigor à formalizacão e cobrança do crédito tributário, prescrição em dívida ativa dos créditos não quitados do exercício imediatamente anterior, expedição de notificações de cobrança e a utilização progressiva do protesto eletrônico das certidões de dívida ativa”, apontou o procurador-geral da Prefeitura de Petrópolis, Fernando Fernandes.