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| Foto: Ralph Braz | Pense Diferente |
Uma situação alarmante se desenrola nos bastidores do Hospital Plantadores de Cana (HPC) em Campos, onde a emergência pediátrica enfrenta um iminente fechamento, previsto para o dia 30 de maio. A denúncia, feita por médicos da unidade que entraram em contato com nossa página sob anonimato, revela um cenário de superlotação, falta de recursos e salários atrasados, colocando em risco a saúde e o bem-estar de crianças da região.
Segundo os relatos, a emergência pediátrica do HPC está operando acima de sua capacidade, com crianças internadas em leitos de curta permanência devido à falta de vagas na unidade de internação. A situação se agrava com a dificuldade em transferir pacientes para outros hospitais, deixando a equipe médica sobrecarregada e sem condições adequadas para prestar o atendimento necessário.
“Estamos lotados de crianças, os atendimentos não param,” desabafa uma médica da unidade. “As crianças ficam internadas em leito de curta permanência, às vezes sem leitos na unidade para internação, sem conseguir transferência para outras unidades.”
A denúncia aponta ainda para a escassez de materiais e insumos, dificultando ainda mais o trabalho da equipe. “Estamos sem condições de atendimento, sem falar de alguns materiais e insumos. Mas a equipe médica e de enfermagem está lá fazendo de tudo por essas crianças,” relata a denunciante.
Para agravar a situação, os médicos denunciam o atraso no pagamento de seus salários. A prefeitura alega estar em dia com os repasses ao hospital, enquanto a direção do HPC afirma que o dinheiro não foi recebido. “A prefeitura diz que está em dia com o hospital, e o hospital diz que o dinheiro não entrou. E assim ficamos sem respostas. Precisamos de respostas,” clama a médica.
A falta de posicionamento tanto da prefeitura quanto da direção do hospital aumenta a angústia da equipe médica, que se sente abandonada e impotente diante da gravidade da situação. “A prefeitura não se posiciona. A direção do hospital nem tão pouco. Estamos à mercê da sorte,” lamenta a denunciante.
