quarta-feira, 14 de agosto de 2024

joice

De uma população estimada de 36 mil pessoas, em recente divulgação do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), cerca de 17 mil vivem em extrema pobreza no município de São João da Barra. Um dos fatores que pesam, segundo pesquisadores, é a falta de investimentos capazes de gerar renda e empregos reais no município.

Dados recentes do Ministério da Cidadania (de março/2023) mostram que o município onde está instalado o Porto do Açu detém maior índice de desigualdade social entre os considerados ricos da região Norte Fluminense: “É uma dura e vergonhosa realidade”, comenta o professor universitário e analista administrativo José Alves de Azevedo Neto.

Economista e pesquisador lotado no Núcleo de Pesquisa Econômica do Rio de Janeiro (Nuperj), da Universidade Estadual do Norte Fluminense (Uenf), José Alves ressalta que os números retirados do Cadastro Único do Ministério da Cidadania ilustram um quadro paradoxal em relação ao município administrado pela prefeita Carla Caputi.

- Hospedeiro de um dos mais pujantes condomínios econômicos do país, o Porto do Açu, financiado por dois fundos de investimentos da esfera internacional, a extrema pobreza sanjoanense afeta o quantitativo de 17.294 pessoas; ou seja, 47,08% dos habitantes

São João da Barra, ostentando uma astronômica renda per capta de R$ 269.169,78 no ano de 2021, obviamente em função dos investimentos do Porto do Açu, e um o índice vergonhoso de pobreza de 70,92% da população sanjoanense. O que é inacreditável, pois o orçamento da prefeitura local, neste ano, ultrapassará o total de mais de R$ 850 milhões. É desse jeito.