Os 515 permissionários do Shopping Popular Michel Haddad, em Campos, ainda aguardam pela inauguração do espaço que está montado nas imediações da rua Barão do Amazonas com avenida Tenente Coronel Cardoso, ao lado do Mercado Municipal. Prevista inicialmente para ser entregue no dia 1º de maio deste ano, a inauguração chegou a ser adiada para o final de agosto, o que também não aconteceu. E agora não há mais previsão. A Prefeitura de Campos informou que aguarda aprovação da Enel do novo projeto elétrico para seguir com os trâmites necessários para a liberação da construção para a inauguração.
Haddad, Paulo Renato Pedrosa, a inauguração ainda não aconteceu pois faltavam as grades para montagem dos últimos 24 boxes, que chegaram nesta sexta-feira (09). “A previsão era para chegar hoje (sexta) e chegou. Nossa vontade é que o novo shopping popular seja inaugurado com tudo pronto e com todos os permissionários em seus locais adequados”, disse. Em nota enviada pela Prefeitura, a secretaria de Obras e Infraestrutura informou que a montagem dos novos boxes começará na próxima semana e deverá demorar 21 dias para ser concluída. Paulo lembrou que os vendedores estão em local improvisado no Parque Alberto Sampaio há 9 anos e que o local não oferece uma estrutura adequada para todos.
“Nossa expectativa é que possamos fazer nossa mudança o mais rápido possível, assim que for permitido. Porque estamos com medo do período de chuva, que acaba deixando tudo alagado e várias mercadorias são perdidas”, afirmou ao acrescentar que: “O ideal seria estarmos com a mudança feita até novembro ou até antes disso, para estarmos devidamente preparados para as vendas de Natal”. O presidente da Avasp destacou, ainda, que há outras etapas a serem concluídas antes da mudança, como o sorteio dos boxes. “Esse sorteio será feito pela Codemca e vamos ficar em cima para que ocorra logo”, comentou. Ainda de acordo com Paulo Renato, atualmente os permissionários têm enfrentado muitas dificuldades devido à queda nas vendas.
“O movimento está péssimo no local improvisado, onde era para ficarmos por 1 ano e 8 meses e estamos há 9 anos. Tem gente que deixa de comer para pagar a permissão. Queremos mudar o mais rápido possível para que o movimento e as vendas melhorem”, argumentou. As obras no camelódromo começaram em 2014, durante a gestão Rosinha Garotinho. Em meados de 2016, já com o prazo inicial ultrapassado, a previsão foi estendida para dezembro. Porém, a gestão de Rosinha terminou sem que a construção fosse concluída. Veio o governo Rafael Diniz e as obras até foram retomadas, em 2019, mas não avançaram. A obra é realizada pelo Consórcio Campista, formado pelas empresas Serven e Gecoplan, no valor de R$ 9.985.938,34.
O projeto conta com boxes, vestiários, sanitários, fraldários, praça de alimentação, sala de primeiros socorros e setores administrativos. Com o início da reforma, em 2014, os permissionários foram transferidos provisoriamente para uma área no Parque Alberto Sampaio, no Centro de Campos, local que fica alagado toda vez que cai uma chuva mais forte no município.