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A Marinha chinesa ordenou nesta sexta-feira que um navio de guerra dos Estados Unidos deixasse uma área disputada no Mar da China do Sul. Para a Marinha americana, tratava-se de uma operação de "liberdade de navegação", a primeira desde que Joe Biden assumiu a Presidência. O uso dessa rota marítima é um ponto crítico da relação entre os dois países.
A China reivindica quase todas as ilhas do Mar da China do Sul e frequentemente reclama das operações naquela região, palco de uma luta por influência com os americanos. Vários países vizinhos, como Filipinas, Malásia, Brunei, Indonésia, Cingapura e Vietnã, questionam algumas reivindicações chinesas nesta área, uma rota fundamental do comércio marítimo mundial.
Segundo o Exército chinês, o contratorpedeiro USS John S. McCain "entrou nas águas territoriais das ilhas Xisha sem autorização", referindo-se às chamadas ilhas Paracel, um arquipélago de pequenas ilhas de coral.
"As forças navais e aéreas acompanharam de perto a situação e deram ordem [ao navio americano] para deixar a área", disse o Exército em um curto comunicado. O documento critica os Estados Unidos por terem "violado gravemente a soberania da China" e "ameaçando a paz regional".
A China considera a navegação estrangeira nessas águas um atentado à sua soberania, enquanto os EUA e outros países argumentam que a área é de águas internacionais e está aberta a todos. Os chineses assumiram o controle total das ilhas em 1974, após uma curta batalha com as forças sul-vietnamitas. O Vietnã, assim como Taiwan, continua a reivindicar o território.
Na quinta-feira, a autoridades chinesas denunciaram a passagem do mesmo navio americano pelo sensível estreito que separa Taiwan da China continental, o que atraiu uma resposta furiosa de Pequim. Navios americanos costumam cruzar esse estreito, incomodando a China, que considera a ilha parte de seu território.
Fonte: O Globo