(Foto: Michelle Rocha | Folha da Manhã) |
Mais uma vez mães de filhos que sofrem com alergia alimentar estiveram na secretaria municipal de Saúde reclamando da falha de distribuição de latas do leite Neocate, Neocate Advance e Pregomin. Desde 2011 que elas vêm reclamando contra problemas na entrega dos leites especiais. Ao tentar receber as latas na tarde de segunda-feira (6), a maioria das mães conseguiu pegar algumas latas, mas o número não seria a quantidade necessária, o que também teria acontecido na última sexta-feira.
Greiciane Moraes, mãe de duas filhas que necessitam do leite Neocate, conseguiu apenas duas latas do produto, sendo que precisava de um total de quatro. Ela considera a distribuição insuficiente, “um cala boca, pois eles prometem que até quarta-feira mais latas chegarão”. De acordo com ela, na quarta-feira as mães voltarão à sede do órgão “para reivindicar seus direitos”, reclamou.
Mãe de um menino de um 1 ano e 9 meses, Ana Olívia também reclama que desde o dia 19 de junho não tem acesso ao leite Pregomin, que custa cerca de R$ 100. Segundo ela, seu filho precisa de oito latas desse tipo de leite, por mês, para que não fique desnutrido e com baixo peso, o que já teria acontecido. Já Luciana Carvalho, mãe de uma menina de 2 anos, que necessita de leite Neocate, não conseguiu nenhuma lata. Ela diz ser obrigada a usar “maisena” no lugar do leite, por não ter condição de comprá-lo. Mareliza Escocard, mãe de gêmeos que utilizam o leite Neocate Advance, que custa cerca de R$ 220, se diz “lesada com esta situação”.
A Folha entrou em contato com a assessoria de comunicação da Fundação Municipal Saúde para saber sobre o motivo do atraso na distribuição dos leites especiais e se há uma previsão para a normalização, mas, até o fechamento desta matéria, não obteve retorno.
Fonte: Folha da Manhã