Deputados da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) protocolaram, no Diário Oficial desta segunda-feira (03/11), quatro Projetos de Resolução que concedem a Medalha Tiradentes post mortem a policiais civis e militares mortos durante a Operação Contenção, realizada no Complexo do Alemão no dia 28 de outubro. A mais alta honraria concedida pelo Parlamento fluminense reconhece o sacrifício e a bravura dos agentes que perderam a vida em serviço.
Os homenageados são o policial civil Rodrigo Velloso Cabral, o comissário da Polícia Civil Marcus Vinícius Cardoso de Carvalho, e os 2º sargentos da Polícia Militar Cleiton Serafim Gonçalves e Heber Carvalho da Fonseca.
Na justificativa dos projetos, os autores destacam a coragem e o compromisso dos agentes com o serviço público e a defesa da sociedade. As homenagens reconhecem o “espírito de bravura e amor ao dever” de cada um dos policiais, cujas memórias, segundo os deputados, “devem ser preservadas como exemplo de dedicação e heroísmo”.
A Operação Contenção foi uma megaoperação conjunta das polícias Civil e Militar, realizada com o objetivo de conter a expansão de facções criminosas e restaurar a segurança na região do Complexo do Alemão, na Zona Norte do Rio. O confronto resultou em intenso tiroteio e na morte de quatro agentes de segurança pública e de mais de 120 criminosos. Cerca de 15 policiais ficaram feridos, sendo três em estado grave.
Trajetória dos homenageados
O policial civil Rodrigo Velloso Cabral, de 34 anos, havia ingressado na corporação há apenas 40 dias e estava lotado no 39º DP (Pavuna). Apesar do pouco tempo de serviço, era descrito como um profissional idealista e corajoso, que enfrentava o perigo com honra. Ele foi atingido por um tiro na nuca durante o confronto e não resistiu aos ferimentos, deixando esposa e filha.
O comissário Marcus Vinícius Cardoso de Carvalho, de 51 anos, integrava a Polícia Civil desde 1999 e chefiava o setor de investigações do 53º DP (Mesquita). Havia sido promovido internamente a comissário um dia antes de perder a vida em combate. Baleado na cabeça durante a operação, foi lembrado pelos colegas como um servidor exemplar com um profundo senso de dever público.
Já o 2º sargento Cleiton Serafim Gonçalves, de 42 anos, atuava em ações de apoio tático e era reconhecido como um policial disciplinado e solidário, cuja vida foi marcada pelo compromisso com o serviço público e a defesa da sociedade. Morreu após ser atingido no abdômen durante o confronto no Alemão.
O também 2º sargento Heber Carvalho da Fonseca, de 39 anos, possuía formação em tiro de precisão e era considerado um profissional técnico e dedicado à proteção da sociedade. Ele teve sua conduta descrita pelos companheiros como inspiradora, símbolo de coragem e comprometimento com o juramento militar.



