terça-feira, 28 de outubro de 2025

Cláudio Castro afirma que Lula não vê segurança como prioridade




O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), voltou a criticar o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) por, segundo ele, não tratar a segurança pública como prioridade nacional. Em entrevista exclusiva ao Metrópoles, Castro reforçou que a ausência de apoio do governo federal prejudica operações em áreas dominadas pelo crime organizado.

“É uma crítica recorrente que eu faço: entendo que essa gestão não vê segurança pública como prioridade. Essa é uma crítica que mantenho”, afirmou o governador. Ele destacou que a falta de fiscalização nas fronteiras permite a entrada de armas de grosso calibre no país.


Fronteiras sob crítica
Castro lembrou que o Rio de Janeiro apreendeu 732 fuzis no ano passado e ressaltou que o estado não fabrica armamentos. “Essas armas estão entrando pelas fronteiras federais. Não há, pelo que a gente tem visto, ações efetivas. A Polícia Federal estourou uma fábrica de fuzis em São Paulo, o que é louvável, mas esses fuzis continuam entrando pelas estradas federais”, disse.


Operação mais letal da história do Rio
O governador também comentou sobre a operação policial desta terça-feira (28/10), considerada a mais letal da história do Rio de Janeiro, com 64 mortos. Castro lamentou a morte de quatro policiais e classificou os agentes como “as grandes vítimas da operação”.

“Fico triste com nossos policiais que deram a própria vida para proteger a população. A princípio seriam 60 criminosos mortos. Na minha opinião, o policial é a grande vítima dessa operação”, declarou. Segundo o governador, 81 criminosos foram presos após 60 dias de planejamento, com acompanhamento do Ministério Público do Estado. “Todas as regras da ADPF das Favelas foram cumpridas”, garantiu.

Pedido de blindados negado
Cláudio Castro também revelou que o governo fluminense solicitou ao Ministério da Defesa o envio de blindados da Marinha para uso em operações em áreas de risco, mas o pedido foi negado.

“A resposta que nós tivemos é que, como o blindado precisa de operador federal, seria necessária uma GLO (Garantia da Lei e da Ordem). O presidente já afirmou várias vezes que é contra e não dará GLO alguma. Então sabemos que não teremos ajuda dos blindados federais”, afirmou.

O ofício, assinado em 29 de janeiro, pedia apoio logístico da Marinha, incluindo veículos blindados, operadores e mecânicos. A solicitação foi enviada ao ministro da Defesa, José Mucio, e analisada pela Advocacia-Geral da União (AGU), que condicionou o atendimento ao decreto de uma GLO presidencial — o que não ocorreu.

Contexto de tensão entre estados e União
A declaração de Castro amplia o clima de tensão entre o governo do Rio e o Palácio do Planalto, especialmente após a operação que resultou em dezenas de mortes e reacendeu o debate sobre o papel das forças federais no combate ao crime organizado. O governador insiste que a ausência de apoio e de políticas nacionais integradas enfraquece o enfrentamento à criminalidade no estado.


26° BPM intensifica patrulhamento e abordagens em Petrópolis


Em decorrência da Operação Contenção em andamento no Rio de Janeiro, nesta terça-feira (28), que mobilizou mais de 2,5 mil policiais civis e militares nos complexos do Alemão e da Penha, com objetivo de capturar lideranças criminosas e conter a expansão territorial do Comando Vermelho, o 26° Batalhão de Polícia Militar (BPM) está reforçando o patrulhamento em Petrópolis.

As equipes estão intensificando as abordagens a transportes públicos, carros e motocicletas, para prevenir e coibir ações criminosas nos principais pontos de entrada e nas áreas mais sensíveis da cidade.



Única-Fácil Petrópolis : linhas de ônibus para o Rio de Janeiro operam normalmente


De acordo com a empresa Única-Fácil, as linhas de ônibus com destino ao Rio de Janeiro estão operando normalmente nesta terça-feira (28), embora atrasos possam ocorrer devido a interdições e ao trânsito.


A capital fluminense passa pela maior ação integrada das forças de segurança dos últimos 15 anos, realizada pelo Governo do Estado. Até o final desta tarde, o balanço parcial registra 64 mortos (4 deles policiais), 81 presos e 93 fuzis apreendidos.

Mesmo assim, os ônibus da empresa seguem subindo e descendo da Região Serrana, sem que nenhuma linha tenha sua operação interrompida.

Ex-vereadora Marcelle Pata é presa por injúria racial após usar spray de pimenta em fila dos Correios

 

A ex-vereador de Campos, Marcelle Pata, foi presa, nesta tarde de terça-feira, em flagrante por injúria racial, resistência e desobediência após causar tumulto e usar spray de pimenta dentro de uma agência dos Correios, em Campos dos Goytacazes. 

De acordo com informações da Segurança Presente, o caso aconteceu após uma discussão sobre a posição na fila. Testemunhas contaram que a suspeita discutiu com outras pessoas, identificadas como três mulheres, e chegou a afirmar que “tinha direito” por ser mulher. 

Durante a confusão, uma das mulheres teria reagido ao comentário da suspeita, que respondeu com ofensas raciais, dizendo: “Olha seu tipinho e sua cor”. Em seguida, ela retirou um spray de pimenta da bolsa e o usou contra as pessoas que estavam próximas, atingindo também crianças que aguardavam no local. 

Uma das vítimas relatou ainda ter sido chamada de “negra vagabunda” pela agressora. Uma mulher e seus filhos tiveram irritação devido ao produto e precisaram de atendimento médico no Hospital Ferreira Machado (HFM). 


Uma das vítimas é Manuela Auxiliadora, mãe do influenciador digital, Igor Machado. 

A equipe do Segurança Presente foi acionada e encontrou a mulher ainda na agência. 

Segundo os agentes, ela foi encaminhada para 134ª Delegacia de Polícia. A suspeita possui vários antecedentes criminais, incluindo registros de ameaça, injúria, calúnia, vias de fato, constrangimento ilegal e perseguição.

Na manhã da quarta-feira (29), Marcelle será encaminhada para a Casa de Custódia Dalton Crespo de Castro para aguardar a audiência de custódia. 


Lula negou ajuda das Forças Armadas para ação contra o tráfico, diz governador do RJ



O governador Cláudio Castro (PL-RJ) afirmou que o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) negou três pedidos feitos às Forças Armadas para ajudar nas ações contra o tráfico de drogas no estado, o que o levou a autorizar a megaoperação realizada nesta terça (28) apenas com as próprias forças de segurança. A ação mira cerca de 100 lideranças do Comando Vermelho (CV) nos complexos da Penha e do Alemão, na Zona Norte da capital fluminense, e já teve 81 pessoas presas.

Cláudio Castro disse que fez sucessivos pedidos para as Forças Armadas cederem equipamentos para realizar as operações nas comunidades, mas que todos eles foram negados. Para ele, o Rio de Janeiro “está sozinho nessa guerra”.


"Não foram pedidas desta vez [as Forças Armadas] poque já tivemos três negativas, então já entendemos a política de não ceder. Falaram que tem que ter GLO [Operação de Garantia da Lei e da Ordem], que tem que ter isso, que tem que ter aquilo, que podiam emprestar o blindado, e que depois não podia mais emprestar porque o servidor que opera o blindado é um servidor federal, então tinha que ter GLO, e o presidente já falou que é contra GLO. Cada dia nós temos uma razão, pra não ser mal educado, de não emprestar e de não estar colaborando”, disse Castro em uma entrevista coletiva no final da manhã.


Em resposta no meio da tarde, o Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJDP) rebateu as críticas e afirmou, em uma longa nota, que "tem atendido, prontamente, a todos os pedidos do Governo do Estado do Rio de Janeiro para o emprego da Força Nacional no Estado". "Com investimentos significativos e esforços contínuos, o MJSP permanece empenhado em assegurar resultados efetivos e contribuir para a preservação da ordem pública no Estado do Rio de Janeiro", completou.

Cláudio Castro ainda afirmou que acredita que o estado “está, sim, talvez excedendo as suas competências” na ação nas comunidades, e que continuará assim mesmo sem ajuda do governo federal.


“A gente entendeu que a realidade é essa, e a gente não vai ficar chorando pelos cantos. O estado, ao invés de ficar transformando em uma batalha política, tá fazendo a sua parte e tá excedendo inclusive os seus limites e até excedendo as nossas competências. Mas, continuaremos excedendo elas. Se precisar exceder mais ainda, excederemos na nossa missão de servir e proteger o nosso povo”, completou.

Ainda durante a entrevista coletiva sobre a megaoperação, Cláudio Castro afirmou que o governo fluminense já encaminhou ao Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) um plano de retomada do poder do Estado em áreas dominadas pelas facções criminosas e que isso será feito em fases, e não de uma só vez com um “investimento impagável”.


Os detalhes do plano não foram divulgados por questões de segurança, mas já há o direcionamento de algumas medidas – bastando, apenas, o encaminhamento para o Supremo Tribunal Federal (STF) para validação e financiamento também por parte do governo federal.

Castro pediu agilidade na análise do plano e afirmou que as forças de segurança do Rio de Janeiro já estão prontas para executar as medidas apontadas. “Por nós, esses planos de retomada já começam imediatamente assim que a decisão for autorizada pelo STF”, emendou.

“Isso aqui não é briga política, é um clamor por ajuda. As forças de segurança do Rio de Janeiro estão sozinhas. [...] E é uma tristeza e curioso que a gente passou cinco anos com uma liminar proibindo helicóptero com plataforma de tiro, e hoje a gente vê um drone com plataforma de bomba, e ainda não vi nenhuma ONG dessas que defendiam o fim do helicóptero criticar agora, nem o PSB, ter enviado nenhuma nota, que foi quem pediu o fim do uso de helicóptero, se solidarizando aos policiais e nem criticando esse tipo de arma [dos criminosos]”, disparou o governador criticando a “politização da segurança pública”.



Petrópolis terá nova queda nas temperaturas nesta quinta


O início desta semana em Petrópolis será marcado por temperaturas mais altas, mantendo o mesmo panorama registrado no domingo (26). Apesar disso, a previsão do Climatempo indica que a passagem de uma nova frente fria vai ocasionar uma queda nas temperaturas, a partir desta quinta-feira (30), quando os termômetros não devem ultrapassar a máxima de 20ºC.


Nesta segunda-feira (27), o dia será de sol, com previsão de pancadas de chuva nos períodos da tarde e noite. Os termômetros variam entre 18ºC e 27ºC.

Na terça-feira (28), a previsão indica um dia nublado, com chuva pela manhã e no início da tarde. Apesar disso, a tendência é de diminuição das nuvens e abertura de sol. As temperaturas variam entre 17ºC e 24ºC


.Já na quinta-feira (30), a passagem de uma frente fria causará uma mudança brusca nas temperaturas, que deverão variar entre 16ºC e 20ºC. O dia será nublado e com chuva que se estende para o período da noite, com previsão de temporal para o período da tarde.

Na sexta-feira (31), último dia de outubro, a previsão indica um dia chuvoso, que se estende para o período da noite. As temperaturas também variam entre 16ºC e 20ºC.

Bombeiros resgatam idoso que caiu dentro de rio em Petrópolis


No fim da manhã desta terça-feira (28), aproximadamente por volta de 11h, equipes do Corpo de Bombeiros Militar do estado do Rio de Janeiro (CBMERJ) foram acionadas para realizar o resgate de um idoso, que caiu dentro de um rio na Rua Dr. Porciúncula, próximo ao terminal do centro histórico de Petrópolis.

Os agentes realizaram o resgate e conseguiram remover o senhor do local. Até o momento, não há informações do que teria ocasionado a queda do idoso no rio. Populares também se mobilizaram para acompanhar o resgate.


Estudo mostra impacto da fala de Lula sobre “traficantes vítimas”


A frase do presidente e pré-candidato à reeleição Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sobre traficantes serem “vítimas de usuários” resultou em grande prejuízo perante à opinião pública, gerando o quarto maior volume de publicações envolvendo o chefe do Executivo desde o início do ano. É o que mostra uma pesquisa conduzida pela empresa de suítes de mídia social Brandwatch.

Segundo o levantamento, a declaração polêmica resultou em 213 mil menções e 529 milhões de pessoas impactadas pelas publicações. Desse total de postagens, 87% foram críticas e somente 13% delas foram em tom de defesa ou elogioso.

No quesito repercussão, a fala ficou atrás somente do tarifaço criado pelo governo de Donald Trump contra o Brasil, pronunciamento em TV aberta e seu discurso na Organização das Nações Unidas (ONU). Entretanto, nesses três casos, houve maior equilíbrio entre as menções negativas e positivas.


A declaração polêmica envolvendo o narcotráfico aconteceu durante coletiva de imprensa na Indonésia. Na ocasião, o presidente comentava a operação realizada pelos Estados Unidos no Mar do Caribe contra embarcações ligadas ao tráfico de drogas internacional. Para ele, o governo norte-americano deveria cuidar dos usuários em vez de enviar as Forças Armadas por terra, ar ou mar.

– Toda vez que a gente fala de combater as drogas, possivelmente fosse mais fácil a gente combater os nossos viciados internamente. Os usuários são responsáveis pelos traficantes que são vítimas dos usuários também. Você tem uma troca de gente que vende porque tem gente que compra, de gente que compra porque tem gente que vende – defendeu.

Após receber uma enxurrada de críticas, o líder brasileiro reconheceu que a frase foi “mal colocada”.

– Fiz uma frase mal colocada nesta quinta-feira e quero dizer que meu posicionamento é muito claro contra os traficantes e o crime organizado. Mais importante do que as palavras são as ações que o meu governo vem realizando, como é o caso da maior operação da história contra o crime organizado, o encaminhamento ao Congresso da PEC da Segurança Pública e os recordes na apreensão de drogas no país – argumentou.


Alerj busca mediar consenso entre Governo e setor produtivo sobre redução de incentivos fiscais




Os deputados da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) discutiram formas de equilibrar os interesses do Governo do Estado e do setor produtivo com relação ao Projeto de Lei 6.034/25. A medida, de autoria do Executivo e que já recebeu 48 emendas parlamentares, propõe a redução gradual dos incentivos fiscais fluminenses até 2032, com aumentos dos depósitos no Fundo Orçamentário Temporário (FOT). Os deputados querem, entre outras questões, excluir da proposta as empresas do interior fluminense, além de evitar que a medida seja judicializada. A proposta foi debatida, em uma ampla reunião de mais de quatro horas nesta sexta-feira (24/10), no Edifício Lúcio Costa, sede da Alerj.



Presidente da CCJ e líder do governo na Alerj, o deputado Rodrigo Amorim (União), que é o relator da proposta, coordenou a reunião. Ele explicou que vai ponderar todas as emendas apresentadas e já adiantou que incorporará em seu parecer uma alteração sugerida pelo deputado Luiz Paulo (PSD) com o intuito de dar segurança jurídica à proposta. O objetivo é assegurar o percentual atual de compensação de 10% ao FOT. “Esse aumento no percentual do FOT, conforme consta na proposta do Executivo, será colocado em artigos apartados. Assim, no caso de eventual judicialização, a lei não será prejudicada. É uma medida de caráter técnico, mas providencial. Também vamos sopesar as outras emendas propostas, tais como a questão do interior fluminense”, declarou Amorim.


O deputado André Corrêa (PP), presidente da Comissão de Orçamento da Alerj, é o autor de emendas para proteger o setor produtivo do interior fluminense. O parlamentar pretende excluir das novas regras as empresas que tenham incentivos fiscais oriundos da Leis 6.979/15, que instituiu benefícios às empresas sediadas no interior fluminense, e da Lei 8.960/20, sobre benefícios ao setor metalmecânico do interior do Estado. “O objetivo é que os aumentos de percentuais do FOT não alcancem as empresas que deixaram de ir para um local mais vantajoso do ponto de vista geográfico e foram para o interior. Essas medidas ajudaram a diminuir o desequilíbrio que há entre a Região Metropolitana e o interior fluminense”, explicou.


Entenda a medida


A medida do Governo do Estado altera regras do FOT (instituído pela Lei 8.645/19). A nova proposta aumenta, a partir de 2026, o valor de compensação a ser depositado no fundo pelas empresas que ganham benefícios tributários não onerosos de 10% para 30%. Por sua vez, os contribuintes que, antes da publicação da nova medida em Diário Oficial, já tenham benefícios fiscais com data limite especificada e cumprimento de contrapartidas onerosas, terão que compensar o valor de 18,18%. O projeto faz parte de um pacote econômico que o governo enviou à Alerj para aumentar a arrecadação fluminense. A previsão é de que o Estado do Rio tenha um déficit fiscal de R$ 18,93 bilhões para o ano que vem, de acordo com o Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA).


O projeto determina ainda um aumento escalonado do percentual a ser depositado no fundo a partir de 2027 pelas empresas com benefícios não onerosos. Este aumento será de 10% ao ano, de modo que em 2032 as empresas tenham que devolver 90% dos incentivos ao Governo do Estado. As regras serão as seguintes: 40% em 2027; 50% em 2028; 60% em 2029; 70% em 2030; 80% em 2031; e 90% em 2032.



O deputado Luiz Paulo propôs, através de emendas, uma saída intermediária, com um percentual ao FOT para os incentivos com contrapartidas onerosas de 12% ou 15% e um escalonamento para os outros incentivos que partiria de 20% e chegaria a, no máximo, 40% em 2032. “Um dos grandes papéis do Legislativo é atuar como mediador de conflitos. Entendo que o Estado do Rio passa por grandes dificuldades e concordo com os cálculos do Executivo com relação aos incentivos fiscais. A medida, do ponto de vista técnico e contábil, não tem erro algum. Mas politicamente este não é um momento para um aumento tão grande no percentual, devido às tarifas impostas pelos Estados Unidos e os problemas econômicos que as empresas fluminenses passam”, salientou o decano da Casa.


Durante a reunião, alguns parlamentares, como a deputada Célia Jordão (PL), pediram a inclusão de emendas para garantir o princípio da não cumulatividade de ICMS, que impede que a tributação se acumule ao longo da cadeia produtiva e de distribuição. Outra emenda solicitada pela parlamentar exclui das regras do FOT o diferimento de ICMS, ou seja, o adiamento do pagamento do imposto para uma etapa posterior.

Também estiveram presentes à reunião os deputados Daniel Martins (União) e Renan Jordy (PL).


Sefaz defende medida e setores
produtivos criticam a proposta

O secretário de Estado de Fazenda (Sefaz), Juliano Pasqual, declarou que a medida busca garantir isonomia entre todos os contribuintes fluminenses. Ele citou que as empresas com benefícios fiscais não tiveram aumento real de alíquota de ICMS, enquanto as outras empresas pagam 2% a mais desde o ano passado, com a entrada em vigor da Lei 10.253/24, que aumentou a alíquota modal do imposto de 18% para 20%. “Na prática, ocorreu a ampliação dos benefícios fiscais. O governo procura, com essa medida, corrigir uma injustiça tributária e atualizar os valores para que todos tenham igualdade no tratamento tributário”, declarou.

O secretário também afirmou que a medida seria uma forma de compensar as perdas que o caixa fluminense sofreu com a redução das alíquotas de ICMS combustíveis, energia elétrica e telecomunicações ocorridas com as Leis Complementares Federais 192/22 e 194/24. A previsão, de acordo com a Sefaz, é de perda de R$ 64 bilhões entre 2022 e 2032. Já com a redução dos incentivos fiscais, o Governo do Estado prevê que possa haver um incremento de arrecadação estadual da ordem de R$ 1,27 bilhão por ano.

As justificativas do secretário não agradaram os representantes do setor produtivo, presentes em peso na reunião. O advogado tributário da Firjan, Lúcio Nipper, afirmou que o aumento nos percentuais do FOT fere a previsibilidade do investimento das empresas. O advogado sugeriu suprimir o escalonamento dos valores destinados ao FOT e só aumentar o percentual para o ano de 2026. “Nós somos contra qualquer aumento. Mas o melhor cenário, caso isso ocorra, é deixar o aumento só no ano que vem. Assim, diante do cenário de 2026 poderemos definir se houve fuga das empresas e, com isso, fazer a previsão para os próximos anos”, defendeu.

Já o consultor da presidência da Fecomércio, Guilherme Mercês, disse entender a situação crítica que o Estado do Rio vive, mas defendeu que diminuir incentivos fiscais não é uma decisão estratégica acertada. Ele pediu que seja mantido, pelo menos, o percentual de 10% para os incentivos com contrapartidas onerosas.

“A Sefaz pretende arrecadar R$ 1 bilhão com a medida por ano. Mas acredito que o montante que chegue ao caixa fluminense seja menor, pois ainda precisa haver o repasse aos municípios, por exemplo. Então, este montante deve ser de apenas R$ 400 milhões. Será que este é o melhor caminho para aumentar a arrecadação?”, indagou Mercês. “A medida, no meu modo de ver, pode gerar um efeito negativo e fazer com que haja fuga de empresas. Se este for mesmo o caminho adotado, espero que pelo menos seja mantido o percentual para as empresas com incentivos fiscais de contrapartidas onerosas para evitar inseguranças jurídicas”, frisou.


Terror no Rio: Criminosos fecham vias em retaliação à megaoperação


Criminosos bloquearam e incendiaram vias do Rio de Janeiro na tarde desta terça-feira (28) em retaliação à megaoperação das forças de segurança contra o Comando Vermelho (CV) nos complexos do Alemão e da Penha, na Zona Norte da cidade. A pista lateral da Avenida Brasil foi interditada, às 14h20, na altura de Barros Filho.

Na Autoestrada Grajaú-Jacarepaguá, que liga as zonas Norte e Sudoeste, uma carreta e um ônibus foram usados como barricadas, obrigando motoristas a retornar na contramão por volta das 13h. Cerca de 30 minutos depois, um trecho da Rua Dias da Cruz, no Méier, também foi interditado por obstáculos colocados por criminosos.


De acordo com a Rio Ônibus, coletivos foram utilizados como barricadas em diversos pontos da cidade, incluindo Anchieta, Méier, Avenida Brasil, Linha Amarela, Cidade de Deus, Chapadão, Engenho da Rainha, Alemão e Penha. Mais de 100 linhas tiveram o itinerário desviado.

Na Linha Amarela, criminosos atearam fogo nas barricadas nas proximidades do pedágio, intensificando o caos no trânsito. A via expressa chegou a ser reaberta, mas acabou interditada por PMs novamente. Mais cedo, durante a operação, bandidos lançaram bombas com drones contra agentes que atuavam nas comunidades.

A ofensiva policial, que faz parte da Operação Contenção, mobilizou 2.500 agentes para cumprir 100 mandados de prisão. Pela manhã, traficantes foram vistos fugindo em fila indiana pela parte alta do Alemão — uma cena que remete à ocupação policial de 2010.


Impactos na cidade:Mais de 100 linhas de ônibus desviadas
28 escolas municipais fechadas no Alemão
17 escolas sem funcionamento na Penha
Cinco clínicas de Saúde suspenderam atendimento
Comércio paralisado em vias como Itararé e Nova Brasília
Oito linhas de BRT também tiveram seus serviços interrompidos. São elas:

Transcarioca

42 – Manaceia x Galeão (Parador)
46 – Penha x Alvorada (Expresso)

Transbrasil:

80 – Gentileza x Penha
60 – Gentileza x Deodoro
90 – Gentileza x Fundão
Esp – Gentileza x Galeão

Conexão BRT:

67 – Campo Grande x Deodoro
68 – Bangu x Deodoro

TRE-RJ cria grupo de elite para combater fake news e mapear influência do crime nas eleições



O Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro (TRE-RJ) anunciou, nesta segunda-feira (20), a criação de um grupo de elite para combater crimes cibernéticos, fake news e deep fakes, além de realizar um mapeamento de seções eleitorais sob possível influência do crime organizado. A medida foi apresentada durante o painel “Organizações Criminosas e Eleições”, no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ), que reuniu autoridades do Judiciário, Ministério Público e forças de segurança.

Ação conjunta contra o crime eleitoral

Segundo o corregedor regional eleitoral, desembargador Claudio de Mello Tavares, a iniciativa representa uma articulação “sem precedentes” para proteger a integridade das eleições. “Unimos o que há de melhor em nossas instituições de inteligência e segurança. Não estamos mais em silos. Somos uma frente unida”, afirmou.

O magistrado classificou a infiltração do crime organizado nas eleições como “uma das mais graves ameaças à fundação da República” e destacou que a força-tarefa vai mapear, identificar e impedir candidaturas com qualquer vínculo com o tráfico de drogas ou milícias.


Mapeamento de seções sob influência do crime organizado

O TRE-RJ também vai realizar um levantamento das seções eleitorais vulneráveis à coação de eleitores. Em locais considerados de risco, os pontos de votação poderão ser transferidos.
“Onde a presença do crime for uma ameaça, nós agiremos. Alteraremos locais de votação e construiremos fortalezas de cidadania para garantir que cada eleitor vote com liberdade”, declarou o desembargador.

Núcleo especializado contra crimes cibernéticos

Outra medida de destaque é a criação de um núcleo de combate a crimes digitais, que vai atuar especialmente no enfrentamento de fake news e deep fakes durante o período eleitoral.
“A guerra pela verdade é travada no mundo digital. Não permitiremos que a mentira envenene a vontade popular”, disse Mello Tavares.

O presidente do TRE-RJ, desembargador Peterson Barroso Simão, reforçou o compromisso da Justiça Eleitoral com a transparência. “Aqueles que transgredirem as normas certamente terão um encontro marcado com a Justiça Eleitoral”, afirmou.

Desinformação e discurso de ódio são temas de alerta

Durante o mesmo evento, a Escola Judiciária Eleitoral (EJE-RJ) promoveu um debate sobre o impacto da desinformação, da inteligência artificial e do discurso de ódio nas eleições.


A diretora da EJE, desembargadora Maria Helena Pinto, destacou que a desinformação se tornou mais sofisticada e difícil de detectar. “Hoje, as notícias falsas se parecem com a realidade e se espalham com a rapidez de um clique”, explicou.


Redes sociais e a radicalização política

A ministra do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Estela Aranha, apontou que a polarização política é amplificada por algoritmos e influenciadores nas redes sociais. “As plataformas digitais estimulam um reforço de identidade que leva à radicalização e à deslegitimação do adversário”, observou.

Ela alertou ainda para o uso de bots, a falta de transparência nas plataformas e os riscos do uso indevido da inteligência artificial na manipulação de informações.

Educação midiática como ferramenta de prevenção

O diretor-geral da Emerj, desembargador Cláudio dell’Orto, defendeu o fortalecimento da educação midiática como estratégia para reduzir o impacto da desinformação. “A desmobilização do eleitor é um problema crescente. Precisamos incentivar o acesso a fontes oficiais e confiáveis”, disse.

Dell’Orto citou o Programa Permanente de Enfrentamento à Desinformação do TSE como exemplo positivo de ação institucional para fortalecer a democracia.

Polícia tenta prender líderes do CV no Alemão e Penha; ação tem 4 mortos e 23 presos


Criminosos do Comando Vermelho (CV) usaram drones para lançar artefatos explosivos contra policiais no Complexo da Penha, na Zona Norte do Rio, na manhã desta terça-feira (28), em retaliação à megaoperação contra a facção.

A ação, batizada de Operação Contenção, mobiliza cerca de 2.500 agentes das polícias Civil e Militar, que também atuam no Complexo do Alemão. Segundo as autoridades, 23 pessoas foram presas e quatro suspeitos morreram. Dois deles eram foragidos da Bahia.


Feridos e apreensões

Um policial do Batalhão de Operações Especiais (Bope) acabou baleado durante confronto. Ele foi encaminhado ao Hospital Central da PM, no Estácio, e não corre risco de morte, conforme a corporação.

Um morador em situação de rua também se feriu, atingido por tiros no meio do fogo cruzado, e acabou socorrido por um mototaxista ao Hospital Getúlio Vargas. Não há informações sobre o estado de saúde dele.

Outra vítima foi uma mulher que estava saindo da academia e acabou atingida. Ela também está no Getúlio Vargas.

A operação já resultou na apreensão de dez fuzis, uma pistola e nove motos.

Impactos

Mais de 40 escolas tiveram as aulas suspensas, afetando milhares de alunos. Vídeos feitos por moradores mostram tiros intensos, muita fumaça e blindados entrando nas comunidades.

A operação reúne 32 veículos blindados, dois helicópteros, drones, ambulâncias e 12 máquinas de demolição, utilizadas para romper barricadas.


Paraná Pesquisas: desaprovação do governo Lula continua alta , com 49,2%



A desaprovação ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) está em 49,2%, segundo pesquisa divulgada nesta terça-feira (28) pelo instituto Paraná Pesquisas. Já a aprovação do governo subiu para 47,9%, o melhor índice registrado desde janeiro de 2024.

O levantamento ouviu 2.020 eleitores em todo o país entre os dias 21 e 24 de outubro. A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais, para mais ou para menos, com nível de confiança de 95%.



Em comparação com a rodada anterior, divulgada em agosto, o índice de desaprovação caiu 4,4 pontos percentuais. No mesmo período, a taxa de aprovação aumentou cinco pontos, indicando melhora na percepção popular sobre o governo.

Maioria segue dividida sobre o desempenho de Lula

Apesar da melhora, o país continua praticamente dividido entre os que aprovam e os que desaprovam a gestão petista. A diferença entre os dois grupos é de apenas 1,3 ponto percentual, dentro da margem de erro, o que mostra estabilidade no quadro político.

Avaliação da gestão mostra cenário equilibrado

O levantamento também perguntou como os brasileiros avaliam o desempenho do governo Lula. A soma das avaliações positivas — “ótima” e “boa” — chega a 35,3%, enquanto as negativas — “ruim” e “péssima” — somam 41,1%. Outros 22,3% consideram a administração “regular”, e 1,3% não souberam ou preferiram não opinar.

Confira os números detalhados:
• Ótima: 13,8%
• Boa: 21,5%
• Regular: 22,3%
• Ruim: 7,6%
• Péssima: 33,5%
• Não sabe/Não opinou: 1,3%


Mulher é morta a tiros e bebê de 1 ano baleado em Guarus, Campos



Uma mulher identificada como Sara da Conceição Souza foi assassinada a tiros na noite desta segunda-feira (27), por volta das 20h, na comunidade Sapo 1, localizada no Parque Novo Eldorado, em Guarus, Campos dos Goytacazes. O sobrinho dela, um bebê de apenas 1 ano, também foi atingido por um disparo na perna.

Segundo informações da Polícia Militar, dois homens em uma motocicleta teriam efetuado os disparos em via pública. Sara carregava o sobrinho no colo e havia saído de casa para comprar refrigerante quando foi surpreendida pelos atiradores.


O bebê foi socorrido e levado para o Hospital Ferreira Machado, onde permanece internado. Ainda não há informações sobre o estado de saúde da criança.

A Polícia Civil investiga se o assassinato de jovem tem relação com um vídeo gravado após uma operação policial realizada no último dia 17, na mesma comunidade, quando um policial foi baleado.

Até o momento, ninguém foi preso e os autores do crime ainda não foram localizados. O caso é investigado pela Delegacia de Guarus (146ª DP).


segunda-feira, 27 de outubro de 2025

Arnaldo Vianna reage bem ao tratamento, mas ainda não há previsão de alta



O ex-prefeito de Campos, Arnaldo Vianna, segue internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Beneficência Portuguesa, e tem reagido bem ao tratamento, segundo seu filho, o deputado federal Caio Vianna.

“Ele só terá alta quando as infecções forem combatidas”, disse Caio.

Na sexta-feira (24), Arnaldo foi diagnosticado com infecção urinária e pneumonia, após passar mal em casa no dia 20 de outubro e ter sido levado para a Beneficência.


Defesa Civil emite alerta via SMS de chuva moderada a ocasionalmente forte em Petrópolis


A Defesa Civil emitiu às 16h40 desta segunda-feira (27/10), um alerta via SMS para a previsão de chuva moderada a ocasionalmente forte em Petrópolis, podendo vir acompanhada de raios e rajadas de vento.

A Defesa Civil informa que o sistema de alerta - Idap do Governo Federal - apresenta instabilidade.

Cadastre o seu CEP através do envio de mensagem de texto para o número 40199 para receber os alertas e acompanhe o portal da Prefeitura de Petrópolis.

O boletim meteorológico atualizará a previsão do tempo para a cidade, podendo ser acessado por meio do link: www.petropolis.rj.gov.br/boletim .