O Rio de Janeiro definiu já no primeiro turno quem será o governador a partir de 2023. Cláudio Castro vai seguir no Palácio Guanabara por mais quatro anos. O atual chefe do Executivo fluminense foi reeleito pelo PL com 58,63% dos votos válidos - até 22h30, 99,67% das urnas estavam apuradas.
Nesta eleição, ele lidera a coligação "Rio unido e mais forte", que conta com 14 partidos: Avante, DC, MDB, PL, PMN, Podemos, PP, Pros, PRTB, PSC, PTB, Republicanos, Solidariedade e União Brasil.Claudio Castro votou pela manhã, na Barra da Tijuca.
"Quero agradecer de coração a confiança e a esperança que milhões de fluminenses depositaram hoje no meu nome. Hoje o povo do Rio de Janeiro mostrou, com o seu voto, que aprova o caminho que nós estamos trilhando", postou Cláudio Castro em sua rede social após a confirmação da vitória no primeiro turno. Ele tem como candidato a vice Thiago Pampolha (União Brasil).
"A vitória de hoje não é só minha. Ela é de todos aqueles que amam o Rio de Janeiro. De todos os que sonham e lutam pra que o Rio ocupe de fato o lugar que nos pertence: que é ser o orgulho do Brasil. Que Deus nos guie e nos ilumine sempre. Muito obrigado, Rio de Janeiro", publicou o governador.
Cláudio Bomfim de Castro e Silva tem 43 anos e é natural de Santos (SP). Advogado, ele é músico e também integrante da Renovação Carismática Católica há mais de 20 anos. Foi eleito vereador da capital em 2017 e, dois anos depois, foi chamado para compor a chapa com Wilson Witzel, que acabou eleito. Em abril do ano passado, com o impeachment de Witzel, Castro assumiu o governo.
Mandato
Neste quase um ano e meio como chefe do Executivofluminense, Cláudio Castro criou o programa Pacto RJ, que prevê investimentos de R$ 17 bilhões em diversas áreas em todos os 92 municípios do Rio de Janeiro. O dinheiro para o investimento tem como principal fonte a arrecadação do leilão da Cedae (Companhia Estadual de Águas e Esgotos do Rio de Janeiro), realizado em 2021. No início do ano, com a chuva que devastou Petrópolis, ele mobilizou várias secretarias e programas estaduais desde o primeiro dia da tragédia e criou linhas de crédito para ajudar empresários e benefícios sociais para aqueles em situação de vulnerabilidade que foram atingidos.
Castro tem também, durante o mandato, denúncias de corrupção em contratações na Faperj e recebimento de propina, além de fortes críticas por operações policiais em comunidades do Rio com alto número de mortos.
Demais concorrentes
Marcelo Freixo (PSB), principal candidato de oposição, recebeu 27,42% dos votos.
"Obrigado pela confiança, Rio de Janeiro. Fizemos uma campanha bonita, honesta, com união e um programa de governo feito com as pessoas pra colocar nosso estado de pé. Agradeço imensamente a cada um de vocês que acreditaram no nosso projeto e essa caminhada não para por aqui. Agora temos um segundo turno muito importante e nós vamos eleger Lula presidente", afirmou o candidato de oposição, à noite, via redes sociais. Ele concorreu ao lado de Cesar Maia (PSDB).
Também disputaram o governo do Rio: Rodrigo Neves (PDT), Cyro Garcia (PSTU), Juliete Pantoja (Unidade Popular), Wilson Witzel (PMB), Eduardo Serra (PCB), Paulo Ganime (Novo) e Luiz Eugênio (PCO).
Castro lidera em Petrópolis
O candidato à reeleição recebeu o maior número de votos em Petrópolis: 105.011 preferiram Cláudio Castro (67,36% dos votos válidos), enquanto Freixo foi opção de 36.734 eleitores (23,56%).
A eleição ao governo também teve um concorrente petropolitano a vice, Hélio Secco, do Novo, ao lado de Paulo Ganime. No município, a chapa foi escolhida por 6.985 pessoas - em todo estado, eles receberam 5,32% dos votos válidos apurados até 22h30.