Uma caminhada pelas ruas centrais da cidade e uma roda de conversa no Palácio Cultural Carlos Martins marcaram, nessa quarta-feira, 24, o fim das atividades desenvolvidas pelo município pelo Agosto Lilás, em São João da Barra. O objetivo foi promover a conscientização, enfrentamento e combate às diferentes formas de violência contra a mulher.
— A intenção foi mobilizar e sensibilizar a comunidade chamando atenção da importância da denúncia para combater a violência a qual as mulheres são submetidas na sociedade — declarou o secretário de Assistência Social e Direitos Humanos do município, Marcelo Roger.
Durante a caminhada, que contou com a participação de alunos de escolas municipais e estaduais, além de pessoas de diversas localidades, faixas e cartazes chamavam a atenção para ações de transformação social, a aplicabilidade da Lei Maria da Penha, mensagens de conscientização sobre o respeito às mulheres e à defesa dos seus direitos. Já a roda de conversa abordou o tema: “Violência contra mulher - Você não está sozinha”. Mediaram o encontro a psicóloga Luciane Mina e a socióloga Marusa Silva.
A campanha Agosto Lilás conta com a parceria da Prefeitura de São João da Barra, por meio das Secretarias Municipais de Assistência Social e Direitos Humanos e de Educação e Cultura, juntamente com o programa de Voluntariado do Porto do Açu (AbrAçu) e as empresas Porto do Açu Operações, Ferroport, GNA e CGA, Vast, Dome, NOV, Technip e Intermoor.
Agosto Lilás — O Agosto Lilás é uma campanha de enfrentamento à violência doméstica e familiar contra a mulher, com objetivo de intensificar a divulgação da Lei Maria da Penha, sensibilizar e conscientizar a sociedade sobre o necessário fim da violência contra a mulher, divulgar os serviços especializados da rede de atendimento à mulher em situação de violência e os mecanismos de denúncia existentes.
Os dados da violência contra a mulher no Brasil são alarmantes. Os registros mais recentes apontam que 30 mulheres sofrem agressão física por hora. Uma menina ou mulher é estuprada a cada 10 minutos no país. A cada dia, três mulheres são vítimas de feminicídio. A cada dois dias, uma travesti ou mulher trans é assassinada. Os dados constam na plataforma Violência contra as Mulheres em Dados, site que reúne pesquisas, fontes e sínteses sobre o problema no Brasil.