A Polícia Civil prendeu nesta quinta-feira (17), uma mulher de 48 anos, suspeita de planejar e ajudar a executar um assalto ao próprio marido de 72 anos. O roubo aconteceu no dia 6 de janeiro, na casa onde o casal mora com os filhos gêmeos de 12 anos, na área central de Campos. A polícia começou a investigar a suspeita no dia seguinte ao assalto, quando os dois foram a delegacia registrar a ocorrência e a mulher apresentou comportamento atípico. O crime teria sido pensado pela mulher, porque o marido havia vendido uma propriedade de R$ 1,5 milhão e ela acreditava que o dinheiro estivesse no cofre, além disso ficar com a herança dele, que é avaliada R$ 6 milhões.
Segundo o registro de ocorrência, o assaltante invadiu a casa a noite e ficou até às 10h da manhã, nesse período ele exigia que o idoso abrisse o cofre e como o compartimento estava vazio, a esposa sugeriu que o marido assinasse cheques para o bandido, ele assinou logo em seguida. O autor do assalto chegou a ir no banco com a mulher, mas não conseguiu trocar os cheques. O suspeito foi embora levando o cartão da vítima, com a senha, e gastou R$ 353 no supermercado e num posto de gasolina.
Segundo a delegada Nathália Patrão, ao irem prestar depoimento sobre o ocorrido, a esposa não queria deixar que o marido falasse sozinho com os policiais, os dois foram escutados separadamente e as falas deles eram diferentes sobre os fatos, o que causou desconfiança nos agentes. A polícia conseguiu descobrir que o assaltante era de Lagoa de Cima e verificou que havia mais de 50 ligações do telefone da esposa para o telefone do suspeito no dia do crime. Após prender a dupla que estava envolvida no assalto, a polícia conseguiu descobrir a dinâmica do plano. A mulher buscou o homem que veio de Lagoa de Cima e ele ficou no porta-malas do carro dela, até anoitecer e poder entrar na casa.
Na delegacia, o comparsa da mulher afirmou que ela pediu que ele matasse o marido com facadas durante o assalto e que ele se negou a fazer.
A mulher, que não teve o nome revelado pela delegada, tem passagens pela polícia por porte ilegal de arma e furto de energia elétrica.
Os dois vão responder por roubo e porte de arma branca, com pena mínima de cinco anos e quatro meses a 13 anos e quatro meses.
Fonte: Terceira Via