A prova, denominada L'Etape Rio, seria inicialmente em junho deste ano, mas foi adiada em abril devido ao elevado número de casos do novo coronavírus (covid-19) no estado do Rio de Janeiro e no país. A outra edição brasileira do L'Etape, realizada desde 2015 no interior paulista (inicialmente na cidade de Cunha) e que a partir de 2018 passou a ser em Campos do Jordão (SP), ocorreu no último dia 26 de setembro. No masculino, a vitória foi de Pipo Garneiro. No feminino, Adriele Mendes foi a campeã.
Cerca de 1,8 mil ciclistas se inscreveram, entre brasileiros e estrangeiros. O trajeto tem 102 quilômetros de extensão e pouco mais de mil metros de altimetria acumulada. Segundo o organizador do evento, o velejador e medalhista olímpico Bruno Prada, a prova carioca é diferente da realizada no interior paulista, onde o percurso tem 107 quilômetros e a altimetria é de 2,33 mil metros.
“A primeira parte é plana, depois há um estímulo de montanha, subida da Vista Chinesa e da Mesa [do Imperador], a descida até [o Mirante de] Canoas, a volta... Estrategicamente, a prova muda muito, não dá para um atleta escapar sozinho, porque com certeza o grupo perseguidor vai alcançá-lo, então teriam que ser quatro ou cinco atletas escapando. É uma prova mais de velocidade, menos cadência de montanha, mas não deixa de ser atrativa”, afirmou Prada à Agência Brasil.
Depois da largada, os competidores seguem pelo Parque do Aterro e pegam a Avenida Atlântica, passando pela orla das praias de Copacabana, Ipanema e Leblon. Após quase 16 quilômetros sem elevação até o Jardim Botânico, têm início os trechos de subida, a partir da estrada Dona Castorina. Paralelo à prova dos 106 quilômetros, há a disputa do percurso curto, onde os ciclistas encaram 46 quilômetros de estrada e 450 metros de altimetria.
“O percurso foi pensado levando em conta os principais cartões-postais da cidade, como o Cristo Redentor e o Pão de Açúcar, que estão [visíveis] logo na largada, o Aterro do Flamengo, depois passando por praias icônicas e subindo a Floresta da Tijuca. A ideia foi trazer praia, plano, montanha e floresta e mostrar o que o Rio de Janeiro tem de melhor”, explicou o organizador.
Considerado o mascote do Tour de France, o alemão Dietmar Senft, o Didi, estará presente na prova carioca. Fantasiado como diabo, com direito a um tridente, o ex-atleta amador de 67 anos acompanha as disputas profissionais do Tour desde 1993 e se tornou um ícone do evento, aparecendo para incentivar os ciclistas. Em 2019 ele compareceu à edição de Campos do Jordão.
Fonte: Agência Brasil