O chafariz da Praça Visconde de Mauá, popularmente conhecida como “Praça da Águia”, passará por obras para restauração de parte da estrutura, que caiu há cerca de 15 dias. Os danos, principalmente na parte superior da águia, foram verificados por equipe da Companhia de Desenvolvimento de Petrópolis (Comdep) e deixaram visível parte da ferragem, deteriorada pela ação do tempo. Por ser bem tombado pelo patrimônio histórico, o trabalho de restauração do monumento deverá ser orientado pelos órgãos de preservação.
“Durante vistoria, nossos técnicos constataram que a ferragem, muita antiga, que sustenta a parte superior da águia, estava deteriorada. O chafariz vai precisar de reparos tanto na parte externa quanto na sua base estrutural”, explica o presidente da Comdep, Leonardo Kienle Fernandes.
A companhia, junto com o Instituto Municipal de Cultura, já acionou o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), dando início aos trâmites necessários para levantamento do serviço a ser feito no local, que exigirá mão-de-obra especializada. A última intervenção no chafariz na Praça da Águia aconteceu em 2017, quando a Prefeitura promoveu a revisão na bomba hidráulica e parte elétrica, além da limpeza e impermeabilização.
Como parte integrante do conjunto arquitetônico do Palácio Hermogêneo Silva, mais conhecido como “Palácio Amarelo”, sede da Câmara Municipal de Petrópolis, o chafariz da Praça da Águia é tombado pelo Iphan e também pelo Instituto Estadual do Patrimônio Cultural (Inepac).
Foi idealizado em 1899 pelo artista Heitor Levy, e representa a luta entre dois animais (a cobra e a águia), cujo significado é controvertido. Em 1944, o projeto da praça (que rende muitas fotos aos turistas que visitam Petrópolis) foi alterado pelo renomado paisagista Burle Marx.
Fonte: Secom | Diário de Petrópolis