O presidente da Federação dos Caminhoneiros de São Paulo, Claudinei Pelegrini, fez críticas à ampliação de medidas restritivas adotadas pelo governador João Doria (PSDB), em São Paulo, para conter a disseminação da covid-19. As declarações foram feitas hoje, durante uma entrevista ao programa Opinião no Ar, da Rede TV.
"Nós temos que sentar todo mundo e estudar, ver a melhor forma de escalar o distanciamento social. Mas, simplesmente, [Dória] é um ditador. Ele chega de cima do seu púlpito e diz "vai ser assim a partir de amanhã em São Paulo". O governador só vai sentir [os impactos] na hora que começar a faltar arrecadação de imposto. Aí sim, eu quero ver o que o estado de São Paulo vai fazer, infelizmente." RELACIONADAS Manifestantes bloqueiam Marginal Tietê em protesto contra medidas de Doria Morre homem que foi atropelado durante protesto de caminhoneiros em SP Ato de caminhoneiros bolsonaristas em SP deve servir de alerta
Durante o período da manhã, manifestantes realizaram um protesto na Marginal Tietê, em São Paulo, gerando interdição no sentido da rodovia Ayrton Sena. O protesto foi realizado contra a fase vermelha, que passa a valer em todo o estado a partir da meia-noite e seguirá em vigor até o dia 19 de março, podendo ser revogada.
Na visão de Pelegrini, as famílias estão "passando fome" e o governo estadual estaria "pouco preocupado" com o cencom o cenário. O líder sindical também alegou que a categoria deveria estar entre os grupos prioritários de vacinação contra a covid-19, para evitar que o vírus seja levado pelos profissionais assintomáticos de uma região do país para outra.
"O governo tem que entender a importância do caminhoneiro autônomo. Acho que devíamos entrar na lista de prioridades. Votei em Dória e nunca mais voto. Ele se trancou em um palácio de vidro, ele tem policiamento, quem sabe já tomou vacina, porque não sei que relação ele tem com a Sinovac. Mas o governo quer só dizer que é vermelho, abóbora, classificar o que pode e não pode", alegou.
Fonte: UOL