(Foto: Ralph Braz | Pense Diferente) |
Dezenas de trabalhadores da empresa Manserv paralisaram suas atividades há uma semana no Porto do Açu, em razão do não atendimento a várias reivindicações por parte da firma que presta serviços a outras empresas no complexo portuário. De acordo com os empregados, entre as reivindicações estão o reajuste de salários, adicional por insalubridade e periculosidade e não cumprimento do acordo do Programa de Alimentação do Trabalhador (PAT) incluído na convenção coletiva de trabalho. Por trás da luta dos trabalhadores há uma disputa de dois sindicatos. (leia mais abaixo)
Segundo os trabalhadores, eles estão sem reajuste salarial em pelo menos dois anos; há os que trabalham expostos ao contato com produtos químicos que tem direito ao adicional de periculosidade, que a empresa não quer pagar; a empresa se recusa também a fornecer o café da manhã previsto no PAT.
“Os empregados são obrigados a fazer uma vaquinha para comprar pão, mortadela a refrigerante; e não estão pagando adicional noturno”, disse Rogério Assunção, diretor do Sindicado dos Trabalhadores nas Empresas de Montagem e Manutenção Industrial de Itaboraí (Sintramon).
“Neste momento estamos tentando caminhar de volta para casa porque a empresa não liberou o transporte para nos levar”, disse um dos trabalhadores. Policiais militares estiveram no local acompanhando a manifestação dos trabalhadores.
A Manserv atua na prestação de serviços para algumas das empresas-gigantes do porto como a Anglo American e a Ferroport .
Por trás da luta dos trabalhadores há uma disputa sindical. O Sintramon está enfrentando uma disputa com a empresa que propôs uma ação de interdito proibitório contra o direito do sindicato em defender os trabalhadores. "Vamos derrubar esta ação", disse Rogério. (leia mais abaixo)
A disputa envolve também o Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil de Campos e São João da Barra, cujo presidente José Eulálio disse que o Sintramon não tem legitimidade para representar os empregados. “Eles estão sendo iludidos porque este sindicato juridicamente não têm amparo legal nem representatividade para defender os trabalhadores”, declarou Eulálio.
Fonte: Campos24horas