Em Campos, chuva volumosa, na tarde de segunda-feira (22),deixou várias ruas alagadas, causando transtorno para quem saiu de casa ou foi pego desprevenido, já que o tempo amanheceu com sol e apenas algumas nuvens. Segundo o Climatempo, a chuva deve persistir na cidade até à noite, com volume de 20 milímetros por metro quadrado e ventos de até 7km/h. Em nota, a Prefeitura de Campos informou que, no intervalo de uma hora, os pluviômetros da Secretaria de Defesa Civil registraram 39mm de chuva. Até o momento, o órgão não foi acionado para atuar em nenhum ponto do município. Caso haja necessidade, a população pode acionar a Defesa Civil através dos telefones 98175-2512 ou 199.
O trecho da Rocha Leão, na área urbana da BR 101, ficou tomado de água, assustando motoristas. Outra área problemática que registrou grande volume d`água, por conta da chuva, foi a descida da ponte Leonal Brizola, entre o parque Alberto Sampaio e o Mercado Municipal, na avenida José Alves de Azevedo, Beira-Valão.
A Defesa Civil municipal está nas ruas levantando as área mais afetadas. Pelas redes sociais é possível encontrar postagem de alagamentos em plena Pelinca, área nobre da cidade, assim como na Pecuária e em locais de Guarus. Nas postagens, a população reclama da falta de cuidado, por parte da administração pública ao longo dos anos, com essas áreas mais problemáticas.
O advogado Geraldo Machado, morador da rua Barão da Lagoa Dourada, área da Pelinca, reclama: "Nesse tempo de chuva que está caindo em Campos, é o bastante para mostrar a evidência de que as últimas administrações municipais de Campos não se deram ao trabalho mínimo e essencial de prever as consequências do crescimento sem planejamento e ações realmente necessárias para evitar as ruas pela cidade completamente alagadas".
Ainda de acordo com a nota, "o volume de chuva registrado na cidade não tem grande influência na elevação dos rios. O que, de fato, faz com que haja aumento do volume são as águas que vêm da região a montante (acima). O rio Paraíba do Sul é diretamente influenciado por São Paulo e o Rio Muriaé por Minas Gerais. A última medição do Paraíba em Campos registrou 7,50m, abaixo da cota de transbordo, que é de 10,40m.
A Defesa Civil também está monitorando o nível do Rio Muriaé. Em Itaperuna, Noroeste Fluminense, a última medição do Muriaé registrou 4,62m. Apesar de estar acima da cota de transbordo, que é de 4m, apenas as regiões mais baixas foram afetadas até o momento. Esse grande volume de água seguirá para Campos, mas como o nível do Rio Paraíba do Sul está dentro da normalidade, parte da água do Muriaé será absorvida por ele".
Fonte: Folha da Manhã