(Foto: Ralph Braz | Pense Diferente) |
O empresário disse que a abordagem foi educada, acatou a repreensão, mas não entendeu o motivo pelo qual foi levado para a 134ª DP. A sequência era tão descabida, que na delegacia nada foi registrado, e de máscaras, o empresário voltou para o trabalho.
Ao mesmo tempo, a Justiça, também como prevenção contra o coronavírus, quer soltar uma pilha de presos, cuja baixa periculosidade é discutível. Esse desarranjo seria cômico que se não estivéssemos em uma pandemia, embora os efeitos dela em Campos sejam relativamente suaves.
Essas abordagens mesmo que educadas, não podem ter como consequência a condução, seja de empresários ou de qualquer outros para uma delegacia de polícia, exceto em casos de apologia contra a medida.
Todos estamos vivemos momentos de alta pressão e de estresse coletivo. A equipe que fiscaliza o uso de máscara pode estar sob estresse, afinal nada justificava o encaminhamento do empresário para a DP. Principalmente porque este admitiu que estava errado, e nem assim sensibilizou os fiscais a agir certo. Não se pode agir aos costumes, como se diz na gíria policial, diante de um cenário novo com o qual ainda estamos nos acostumando.
*A Prefeitura de Campos confirmou que o fato aconteceu e que o empresário teria desacatado a fiscalização que envolve vários órgãos. Na delegacia, segundo a prefeitura, o empresário mostrou conscientização e deixou o local usando máscaras, mas mesmo assim será autuado.
Fonte: Terceira Via