O Aeroporto Bartolomeu Lisandro informou por meio de comunicado que um voo offshore precisou ser cancelado na manhã desta sexta-feira (13) , depois que um passageiro, que iria embarcar, chegou ao local em uma van com sintomas semelhantes aos causados pelo novo coronavírus, que foram identificados por funcionários da empresa para qual ele trabalha. O trabalhador com sintomas ficou isolado em uma sala. Outros nove passageiros que tiveram contato com ele na van e nas salas de embarque e de briefing foram mantidos em outra dependência do aeroporto.
Ainda de acordo com a nota, três funcionários de uma empresa terceirizada e os 10 passageiros foram encaminhados a um hospital particular pela empresa aérea. Após o episódio, as áreas por onde esses passageiros e funcionários estiveram passaram por procedimentos de higienização. Seguindo protocolos de prevenção, a administração já havia disponibilizado álcool em gel em vários pontos do terminal de passageiros, e está instalando cartazes informativos sobre a doença fornecidos pela Secretaria Municipal de Saúde. Funcionários do aeroporto estão orientados a tomarem as medidas preventivas em casos de identificação de passageiros com sintomas semelhantes à covid-19.
O Sindicato dos Petroleiros do Norte Fluminense (Sindipetro NF) apura as informações sobre o voo cancelado para a Bacia de Campos, que partiria às 8h desta sexta-feira (13) do Aeroporto Bartolomeu Lisandro com 10 trabalhadores. Em nota, o Sindipetro confirmou que o voo embarcaria petroleiros para uma plataforma da empresa Shell. Um dos trabalhadores que iria embarcar, que chegou a Campos ontem, é da cidade de Volta Redonda. Ele apresentou sintomas de contaminação por coronavírus. Segunda a nota, “os trabalhadores da Shell não são representados pelo Sindipetro-NF, o que dificulta a apuração do caso pela entidade. O sindicato, no entanto, confirmou com fontes da Petrobras e da operação do aeroporto a veracidade da ocorrência.
Preocupação
De acordo com o coordenador geral do sindicato, Tezeu Bezerra, o Sindipetro-NF acompanha com preocupação a disseminação do coronavírus desde o início dos contágios, em razão do grande número de trabalhadores estrangeiros — e de brasileiros que viajam ao exterior a trabalho — que atuam em plataformas da Bacia de Campos e em bases de terra.
Estão sendo tomadas medidas preventivas nos embarques dos petroleiros para as plataformas. Nos aeroportos, todos os trabalhadores da Petrobras passam por medição de temperatura e respondem a um questionário sobre suas condições de saúde e rotinas nos últimos dias — informando, por exemplo, se fizeram alguma viagem.
Fonte: Folha da Manhã