quarta-feira, 19 de fevereiro de 2020

São João da Barra quer novo traçado na RJ 244

(Arquivo | Foto: Paulo Pinheiro)


A construção da RJ 244, que ligará o Porto do Açu à BR 101, foi discutida nessa terça-feira (18), durante audiência pública na Câmara Municipal de São João da Barra, onde a prefeita Carla Machado aproveitou para encaminhar uma série de reivindicações ao governo estadual, incluindo a proposta de alteração do traçado da rodovia, que, em seus 43 quilômetros, cortará Campos pela Baixada Campista em sua maior extensão.

Carla propõe que o traçado da estrada seja levado em direção à Ponte da Integração, que ligará São João da Barra a Campos e São Francisco de Itabapoana.

— Precisamos discutir o traçado. O movimento da estrada vai levar o desenvolvimento para fora de São João da Barra como tem acontecido. Pessoas que trabalham no Açu se hospedam nos hotéis de Campos, assim como as famílias dos funcionários mais graduados vão residir lá. Gostaríamos de trazer esta clientela para cá e movimentar nossa economia — afirmou.

O superintendente de Projetos Especiais da Secretaria Municipal de Desenvolvimento e Inovação, Luís Reis, enumerou argumentos para a mudança do traçado.

— Nossa proposta é por um traçado que crie um novo vetor de desenvolvimento interligando dois importantes equipamentos logísticos da região, o Porto do Açu com o Aeroporto Bartolomeu Lisandro, ao mesmo tempo em que aproveitaríamos a estrutura da futura Ponte da Integração para incluir também São Francisco de Itabapoana neste processo de desenvolvimento regional. E contemplaríamos um perímetro maior de extensão para São João da Barra, que aumentaria a receita em ISS do município. Afinal, o Complexo do Açu ocupa uma área que corresponde a 50% do território do município — analisou Reis.

Carla também pediu outra audiência para que seja ouvida a população da área mais impactada com a construção da rodovia. A prefeita também reivindicou a concretização do acordo firmado em 2008, que consiste na doação de uma área pelo governo estadual ao município, na antiga Fazenda Papagaio, a fim de que ali seja construído um distrito empresarial onde seriam instaladas empresas de pequeno porte prestadoras de serviços ao porto. Representantes do governo do Estado, da comunidade e vereadores participaram da audiência.