O município de Iconha no Espírito Santo ficou embaixo d’água na noite dessa sexta-feira. Depois das fortes chuvas, o nível do rio, de mesmo nome, subiu quatro metros e arrastou geladeiras, carros e até mesmo caminhões. Além de Iconha, os municípios de Alfredo Chaves, onde a Defesa Civil confirma a morte de um casal de idosos em um desabamento e Marechal Floriano também contabilizam prejuízos. No início da noite de ontem, uma barreira caiu na BR 101, na altura do município de Atílio Vivacqua, devido ao encharcamento do solo e obstruiu a pista nos dois sentidos. Em São Francisco de Itabapoana a programação do final de semana foi cancelada depois da chuva causar estragos, principalmente em Imburi.
Único município do Espírito Santo a contabilizar mortes até o momento, Alfredo Machado foi o que mais recebeu chuvas nas últimas 24 horas, no estado vizinho, com 249,2 milímetros de chuva. Ruas foram inundadas e moradores ficaram desalojados depois do transbordamento do rio Benevente. Ainda há bairros alagados.
Três pessoas ficaram soterradas no bairro Cachoeirinhas, onde uma casa desabou. Uma delas foi salva com fraturas e escoriações pelo corpo, mas um casal de idosos não resistiu e, até o final da manhã as equipes ainda tentavam o resgate dos corpos sob os escombros, onde moradores se mobilizaram nas buscas.
Em Iconha, jornais locais afirmam ser a maior inundação da história de Iconha e o Corpo de Bombeiros aponta pessoas desabrigadas e ainda não há informações sobre número de desalojados. Uma passarela foi danificada por um caminhão frigorífico arrastado pela força da correnteza e o Hospital Danilo Monteiro de Castro ficou alagado até o segundo pavimento. Até o final da manhã a informação era de 34 pessoas desalojadas.
Na manhã deste sábado (18), com a cidade coberta de lama, moradores fizeram vídeos e fotos mostrando o estrago nas ruas. Vidraças de uma agência bancária foram quebradas, portas de ferro de estabelecimentos comerciais arrancadas e até um trailer onde funcionava uma lanchonete, no Centro, foi arrastado pela correnteza. Nas ruas há pedaços inteiros de paredes e carros amontoados sobre outros e em canteiros. Com as vidraças quebradas, lojas e estabelecimentos foram completamente devastados pela lama.
fonte: Folha da Manhã