São Fidélis decretou situação de emergência por causa das chuvas intensas e seus efeitos. Para esta terça (3) e quarta (4), a previsão é de chuva fraca no município, de acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). Segundo o decreto, publicado no diário oficial dessa segunda, foram registrados danos e necessidade urgente de limpeza e manutenção de vias públicas, edificações, áreas de ocupação, bens públicos, e existe o risco de desabastecimento de energia e água potável, de graves prejuízos à saúde, segurança, mobilidade e transporte público.
A Defesa Civil informou que, no último domingo, em aproximadamente uma hora, foram registrados 56 mm de água no pluviômetro do Centro, enquanto eram esperados, para todo o dia, 29 mm.
Pelo decreto, publicado no diário oficial dessa segunda e que tem vigência de 90 dias, fica dispensada a licitação para contrato de aquisição de bens necessários às atividades de resposta à enchente, de prestação de serviços e obras relacionadas com a reabilitação dos cenários causados pela chuva. Ele permite, ainda, a contratação por prazo determinado de até 20 trabalhadores para atuarem nas ações promovidas pelo município.
No domingo, ruas, casas e comércios ficaram alagados. Três famílias, totalizando dez pessoas, chegaram a ficar desalojadas, mas já retornaram as suas residências. O muro de uma delas caiu. Comércios e o pátio do Destacamento do Corpo de Bombeiros também foram inundados.
— Nossas equipes estão atuando em vários bairros do município. A maior parte das solicitações são para limpeza ou pedido de algum auxílio material, como doação de colchonetes — explicou o secretário de Defesa Civil de São Fidélis, Jamilton Serpa.
Segundo o vereador Higor Porto (PSB), que atua como líder da oposição na Câmara de São Fidélis, será realizada um acompanhamento dos valores despendidos pelo município em virtude do decreto. “Eu entendo que a medida é necessária, há muito tempo não acontece na cidade o que aconteceu no domingo. De qualquer forma, a Câmara vai verificar se os valores dos contratos são os mesmos do mercado e se os recursos foram realmente aplicados nas áreas afetadas. No fim dos 90 dias de vigência do decreto, vamos pedir um balanço contábil para tomar ciência de tudo o que foi gasto no período”, defendeu.