terça-feira, 25 de junho de 2019

Uenf realiza congresso de iniciação científica

(Foto: Ralph Braz | Pense Diferente)
A abertura oficial do XI Congresso Fluminense de Iniciação Científica e Tecnológica e do IV Congresso Fluminense de Pós-Graduação aconteceu na Universidade Estadual do Norte Fluminense na segunda-feira. Até a próxima sexta-feira (28), várias atividades acontecem no Centro de Convenções da Uenf. Também acontecem o 24º Encontro de Iniciação Científica da UENF, o 16º Circuito de Iniciação Científica do IF Fluminense e a 12ª Jornada de Iniciação Científica da UFF.

O Congresso apresenta os trabalhos desenvolvidos pelos bolsistas dos projetos aprovados na Edição 2018-2019 do Programa Municipal de Bolsas de Iniciação Científica, Iniciação Tecnológica e de Extensão (Viva a Ciência) da Prefeitura Municipal de Campos dos Goytacazes. A mesa de abertura foi composta pela vice-prefeita de Campos dos Goytacazes, Conceição Sant”Anna (representando o prefeito Rafael Diniz); o reitor da UENF, Luís Passoni; o reitor do IFFluminense, Jefferson Manhães de Azevedo; e a pró-reitora de Pesquisa e Pós-Graduação da UFF, Andrea Brito Latge (representando o diretor do Instituto de Ciências da Sociedade e Desenvolvimento Regional, Roberto Rosendo).


A pró-reitora da UFF parabenizou a união das três instituições para a realização do evento. Lembrando que também foi aluna de Iniciação Científica, ela ressaltou a importância de participar de eventos como este. “Esse frio na barriga que vocês estão sentindo por apresentarem seus trabalhos é muito importante para a carreira de vocês. Temos que superar desafios e hoje, diante da atual situação brasileira, temos um grande desafio pela frente. Tenho certeza que cada um de vocês pode ajudar a criar uma sociedade melhor, mais justa e mais honesta”, disse Andrea.

O reitor do IFFluminense disse que o País vive uma grave crise de governança. “O senso comum está banalizando as discussões nesse país. Doenças banidas estão voltando porque surgiram teses de que as vacinas não funcionam. Outra tese que está sendo posta é a de que a Educação já tem dinheiro suficiente. Isso é uma grande inverdade”. Segundo Jefferson, outro argumento que precisa ser rebatido é o de que a iniciativa privada detém a maior parte da produção científica do País.”Quarenta e quatro por cento das instituições que mais produzem ciência são universidades públicas. Apenas uma é privada e cinco são institutos de pesquisa públicos”, afirmou.


O reitor da UENF abriu a palavra para o deputado federal Wladimir Garotinho, presente ao evento, que criticou a atual política federal na área de educação. “Acho um absurdo o que o governo vem fazendo. Estou em contato com todas as universidades da região e tentando viabilizar uma emenda de bancada para terminar os prédios da UFF que se encontram parados. Também vamos tentar mais recursos para as universidades”, disse.

Passoni parabenizou a Prefeitura de Campos dos Goytacazes pela criação do Programa Municipal de Bolsas de Iniciação Científica, Iniciação Tecnológica e de Extensão (Viva a Ciência). “É muito importante que a Prefeitura esteja mais próxima das universidades. É importante lembrar que este programa também vai ajudar o governo municipal na solução de problemas, uma vez que as linhas de pesquisa são direcionadas a questões locais”, afirmou.

O reitor da UENF ressaltou o sucesso da parceria entre a UENF, o IFF e a UFF na realização do Congresso, que já dura 11 anos. Segundo Passoni, apesar das dificuldades, o evento vem ganhando corpo a cada ano, com o aumento do número de trabalhos. Lembrando que este é o último CONFICT/CONPG de sua gestão, ele disse que, em meio à crise financeira que atingiu a UENF há dois anos, chegou a se perguntar se conseguiria entregar uma universidade para o próximo reitor. “Sim, e hoje vejo que ela está ainda melhor. Agradeço a todos e que possamos fazer uma grande ‘balbúrdia’, com muita alegria, durante esta semana”, finalizou.