(Foto: Rodrigo Silveira) |
Foi decretado em Campos nesta quinta-feira (05), pelo prefeito Rafael Diniz, situação de emergência no município, em função da epidemia de chikungunya, admitida pelas autoridades de saúde na semana passada. Até agora já foram registrados mais de 1.900 casos da doença em todo o município.
O decreto leva em conta a proliferação do mosquito transmissor, o aedes aegypti, além do índice de infestação predial de 6,1% (alto risco) no último Levantamento de Índice Rápido do Aedes aegypti (Liraa) e, também, os mais de 1.900 casos registrados. A partir do documento, está autorizado o remanejamento de servidores públicos e prestadores de serviço para atender às demandas prioritárias da secretaria de Saúde e do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ).
A autorização inclui a realização de horas extras pelos agentes de combate às endemias e as contratações emergenciais de pessoal. O município deverá solicitar apoio ao estado do Rio, através da mobilização da Força Estadual de Saúde, bem como ao Governo Federal, para auxiliar no atendimento de saúde e no combate ao mosquito aedes aegypti durante o período de emergência. Também foi autorizada a contratação direta de bens e serviços indispensáveis ao combate ao mosquito e ao controle da epidemia.
O Decreto 181/2018, assinado pelo prefeito Rafael Diniz, leva em consideração a proliferação do mosquito no interior do Estado do Rio de Janeiro; o resultado do Levantamento de Índice Rápido do Aedes Aegypti (LIRAa), que foi de 6,1% e é considerado de alto risco; a localização geográfica do município, próximo à divisa e regiões de mata, que facilita a circulação do vírus; e a baixa imunidade da população do país ao vírus chikungunya. O município tem notificados, até a última terça-feira (3), 2.365 mil casos de chikungunya através de análises clínicas, epidemiológicas e sorológicas. Foram registrados também 95 casos de dengue e não há casos de zika e febre amarela.
Em caso de entrada forçada em algum imóvel, que deve ser considerado fundamental no trabalho de contenção da doença com oferta de risco à saúde dos vizinhos, os agentes estarão acompanhados da Vigilância Sanitária, Guarda Civil Municipal ou da Polícia Militar. A ação deverá ser registrada com fotos e vídeos que constarão no Auto de Ingresso Forçado.