(Foto: Jonatha Lilargem) |
Autoridades de saúde anunciaram, na manhã desta sexta-feira (29), durante entrevista coletiva no Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), que Campos enfrenta uma epidemia de chikungunya, com quase 2 mil casos confirmados da doença no município este ano.
— Estamos preocupados e montamos várias reuniões de comitê para começarmos as ações de combate. Essas variações climáticas causam um aumento de número de casos, principalmente neste cenário de chikungunya. Decretamos a epidemia da doença e, atualmente, são 1.966 casos confirmados de chikungunya em Campos — afirmou a diretora de Vigilância em Saúde, Andreya Moreira.
Andreya também falou sobre o crescimento recente da doença no município. “Em janeiro, tivemos apenas um caso de chikungunya registrado, enquanto em fevereiro não tivemos nenhum. Em março, foram cinco casos, e abril, 113. Já em maio, foram 921. São 300 casos a cada 10 mil habitantes”, afirmou.
Cintia Ferrini, subsecretária municipal de Saúde, afirmou que desde o início da gestão a secretaria já estava preocupada com o possível avanço das doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti. “Chikungunya é uma doença que já atinge todo o Brasil. Intensificamos nossa ação, trabalhamos junto com a secretaria de Meio Ambiente para solucionar o problema. Montamos um comitê para discutir a situação”, ressaltou.
Segundo o diretor do CCZ, Marcelo Sales, desde que o município detectou o aumento do Liraa, as ações de combate foram intensificadas. “Os bairros com maior infestação são Donana, Oliveira Botelho, Turfe Clube, Parques Fazendinha, Leopoldina, Dom Bosco, Pecuária, São Clemente, Santo Antônio e Santa Rosa. Fizemos cinco mutirões e continuaremos fazendo até o dia 20 de julho. Até agora, atuamos em 300 terrenos baldios. Retiramos pneus e outros objetos que têm o foco do mosquito”, afirmou.
O secretário municipal de Desenvolvimento Ambiental, Leonardo Barreto, destacou que as autoridades públicas realizaram planos para evitar a propagação das doenças causadas pelo mosquito. “Desde o início, a gente já estava traçando metas para evitar o que já estava acontecendo hoje. Nossa secretaria, através da nossa fiscalização, notificou 500 residências em que os moradores estavam descartando lixo de forma irregular nas ruas da cidade. Atuamos junto com a secretaria de Saúde, mais precisamente com o CCZ, para fazermos com que estes números reduzam”, disse.
As autoridades de saúde orientam que os moradores que acharem que estão infectados devem procurar a unidade de saúde mais próxima para se tratar. Os Hospital Ferreira Machado (HFM) e o Hospital Geral de Guarus (HGG) também são opções, mas nessas unidades o atendimento pode ser mais demorado, já que recebem um grande volume de pacientes. A secretaria ainda informou que houve um aumento no número de exames laboratoriais nas unidades públicas de saúde.
Fonte: Folha da Manhã