(Foto: Somos Assim) |
Servidores do município de Campos continuam em “estado de greve”, podendo paralisar os serviços a qualquer momento. Nesta quinta-feira (17), a Comissão de Negociação esteve reunida com a diretoria do Sindicato dos Professores e Servidores Públicos Municipal (Siprosep) para avaliar o movimento. A categoria planeja um ato público para os próximos dias. No último encontro realizado entre o sindicato e o prefeito Rafael Diniz, não houve entendimento. As reivindicações foram apresentadas, mas não foram aceitas. O mesmo está acontecendo com os professores. A assembleia da categoria foi realizada na última quarta-feira (16) e eles também decidiram pelo estado de greve.
Durante a assembleia realizada no último dia 10 foi decidido pelo estado de greve e que, durante esse período, foi solicitado informações contábeis e jurídicas da municipalidade, no intuito de se analisar a possibilidade de reposição salarial. Também foram tomadas medidas visando a progressão do PCCS, a reposição do IPCA do ano de 2017, o IPCA acumulado nos últimos 12 meses, sendo possível até mesmo a deflagração de greve a qualquer momento, desde que cumpridos os requisitos legais.
Em nota, a administração municipal diz que vem mantendo com os servidores um diálogo permanente e realizando ações importantes em seu benefício, como a abertura da Policlínica do Servidor, a criação do Clube de Desconto do Servidor. “É hora de somar esforços, ainda que as decisões sejam difíceis. O município já compromete 53,16% de sua arrecadação com o pagamento do funcionalismo, um reajuste salarial neste momento – apesar de merecido – não pode ser concedido, sob pena de o gestor cometer crime de improbidade administrativa”, disse o prefeito.
Professores — Os professores da rede municipal estiveram reunidos em assembleia, na noite da última quarta-feira e também decidiram pelo “estado de greve”. No próximo dia 29 será realizado um ato público, na praça do Santíssimo Salvador.
— A nossa pauta de reivindicação é totalmente diferente dos servidores, mas estamos acompanhando os acontecimentos. Assim como os demais servidores, nós também estamos em “estado de greve” e as nossas reivindicações se baseiam no Plano de Cargos e Salários, na carência de professores e profissionais administrativos, na estrutura das escolas e creches, falta de material pedagógico, merenda de má qualidade, enfim são muitas e até agora não fomos sequer atendidos. O governo só fala que não tem como pagar e cada vez mais adia as soluções — informou a representante do Sindicato Estadual dos Profissionais da Educação (Sepe), Graciete Santana.
Fonte: Folha da Manhã