(Foto: Gabriel Paiva | O Globo) |
A confirmação de mais três casos de febre amarela em Valença, no Sul Fluminense, entre elas duas mortes, provocou uma corrida aos posto de vacinação em todo o estado. Ao todo, foram confirmadas três mortes e uma pessoa está internada. Em São João de Meriti, na Baixada Fluminense, a fila no posto de saúde Aníbal Viriato de Azevedo começou a ser formada ainda durante a madrugada. O atendimento, no entanto, só começou por volta das 8h.
De acordo com informações do telejornal Bom Dia Rio, da TV Globo, a primeira pessoa da fila no posto em São João de Meriti chrgou por volta das 3h. Muitos reclamaram que não conseguiram se vacinar na segunda-feira, mas a prefeitura afirma que o posto está abastecido com doses da vacina suficientes para a população.
Apesar disso, a cobertura vacinal está muito aquém do necessário. A estimativa da Secretaria estadual de Saúde é que mais de oito milhões de pessoas (cerca de 60%) de um público alvo de 14 milhões — incluindo grupos inseridos em 2018 pelo Ministério da Saúde, como os idosos com aval médico — ainda não foram vacinadas. Na capital, a Secretaria municipal de Saúde informa que apenas 1,69 milhão procurou os postos no ano passado para tomar a vacina, sendo necessário imunizar outros dois milhões. Porém, diante dos novos casos da doença e da notícia de que quatro macacos-prego foram achados mortos nos últimos dois dias numa via de acesso à Floresta da Tijuca, também houve correria aos centros de saúde e às clínicas da família da prefeitura do Rio.
Em todo o estado, além dos três mortos, há um paciente de Valença internado em Resende com diagnóstico confirmado de febre amarela. Há outros sete casos sob investigação — um morto e seis internados — cinco deles moradores de Valença.
Os corpos dos macacos achados por moradores da comunidade do Catrambi no acesso à Floresta da Tijuca serão analisados pela Fundação Oswaldo Cruz. Há suspeita de que os animais possam ter sido contaminados pela febre amarela. Segundo a coordenadora do Laboratório Municipal de Saúde Pública, Roberta Ribeiro, o exame deve demorar pelo menos dez dias para ficar pronto, porque os animais foram recolhidos em decomposição.
Fonte: O Globo