(Foto: Ralph Braz | Pense Diferente) |
A ex-prefeita de Campos e ex-governadora Rosinha Garotinho será interrogada no próximo dia 27 de outubro, sexta-feira da próxima semana, na 41ª Vara Criminal do Tribunal de Justiça. Ela tentou um habeas corpus (HC), que foi negado. O interrogatório ocorrerá no processo que o desembargador Luiz Zveiter move contra ela por calúnia, injúria e difamação. Durante a prisão do marido, em setembro último, Rosinha acusou inúmeras vezes o desembargador de estar por trás de uma conspiração para prender Garotinho, condenado a nove anos, 11 meses e 10 dias no caso Chequinho. Procurada, ela não se manifestou.
Na mesma investigação do uso político do Cheque Cidadão, uma audiência de Ação Penal (AP) que tem entre os réus os vereadores Linda Mara Silva (PTC) e Ozéias (PSDB) foi adiada também para o dia 27. Mas não é apenas a eleição de 2016, quando teriam ocorridos os abusos que culminaram na Chequinho que traz dor de cabeça à ex-prefeita: no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o ministro Herman Benjamin declarou-se favorável à condenação de Rosinha por abusos na campanha de 2012. O julgamento foi suspenso e continua na próxima terça-feira (24).
Durante a prisão do marido, Rosinha por diversas vezes, em entrevistas e rede social, Rosinha acusou Luiz Zveiter de ter participação na decisão do juiz Ralph Manhães, então responsável pelo caso Chequinho na esfera criminal-eleitoral.
- Eles querem impedir meu marido de preparar os documentos que comprovam os crimes cometidos pelo desembargador Luís Zveiter, que aliás muitas deles estão sendo investigados pelo CNJ - disse em uma das vezes.
Rosinha chegou a comemorar a extinção de processo de Zveiter contra Garotinho, porém a ação continua tramitando na Justiça. Porém, houve extinção do processo quanto aos crimes de calúnia e difamação. Sobre injúria, a ação tem audiência marcada para 13 de novembro.
No dia 22 de setembro, Zveiter protocolou no TJ queixa contra Rosinha, também por injúria, calúnia e difamação. Inicialmente, a audiência do caso estava marcada para quarta-feira, mas não ocorreu.
A defesa de Rosinha Garotinho ingressou com Habeas corpus, que foi negado pelo desembargador Antônio Eduardo Ferreira Duarte, da 4 Vara Criminal do TJ. Assim, dia 27, a ex-governadora será interrogada na 41ª Vara Criminal, semana que vem, para colheita de prova de defesa. (S.M.)
Oitiva de testemunhas adiada para dia 27
Ficou para sexta-feira da próxima semana, dia 27, a oitiva das testemunhas da Ação Penal que tem como réus os vereadores Linda Mara Silva (PTC) e Ozéias (PSDB), o ex-sub-secretário municipal de Governo, Alcimar Ferreira Avelino, o ex-assessor parlamentar Nalto Muniz Neto, além de Maria Elisa de Souza Viana de Freitas, Jossana Ribeiro Pereira Gomes e Carlos Alberto Soares de Azevedo Júnior.
Escrevente substituto do 24º Ofício de Notas do Rio, Carlos Alberto é acusado de coação no curso do processo em benefício de suspeitos de corrupção eleitoral investigados na Operação Chequinho. Ele chegou a pedir suspensão da ação ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), mas foi negado.
A audiência aconteceria quarta-feira, mas foi adiada, porque o advogado de Carlos Alberto apresentou petição, acompanhada de documentos, justificando a ausência em razão de outras audiências criminais previamente agendadas.
Fonte: Folha da Manhã