sábado, 10 de setembro de 2016

Teste do Coraçãozinho lançado em Campos

(Foto: Marcos Gonçalves)
Com o objetivo de reduzir a mortalidade infantil por meio do diagnóstico precoce das cardiopatias congênitas graves antes da alta do recém nascido da maternidade, foi implantado, no início da tarde dessa sexta-feira (9), o Teste do Coraçãozinho, por meio do Sistema Único de Saúde (SUS), no Hospital Beneficência Portuguesa, em Campos. O procedimento (oximetria de pulso) é uma determinação da Lei Federal 14.046/12, que está em vigor há dois anos. O teste começará a ser disponibilizado a todos os bebês nascidos na unidade hospitalar a partir da próxima quarta-feira (14).

A reunião de implementação contou com a participação da coordenadora do Programa de Assistência Integrada à Saúde da Criança e do Adolescente (Paisca), Nazareth Machado; da chefe do setor de pediatria da Beneficência, Dulcilene Pessanha Gomes; das representantes da Associação de Assistência à Criança Cardiopata Pequenos Corações, Nathália Rosa e Lara Riscado; e também com a presença das enfermeiras chefes que serão as responsáveis pela execução dos testes nos recém-nascidos.

De acordo com a coordenadora do Paisca, Nazareth Machado, as cardiopatias congênitas representam cerca de 10% dos óbitos infantis e entre 20% e 40% dos óbitos decorrentes de má formações. Nazareth informou ainda que um a dois de cada mil recém-nascidos vivos apresentam cardiopatia congênita crítica. “Em torno de 30% destes recém-nascidos recebem alta hospitalar sem o diagnóstico e evoluem para choque, hipóxia ou óbito precoce, antes de receber tratamento adequado”, ressaltou.

Sob o auxílio das representantes da Associação Pequenos Corações – responsáveis pelo treinamento da equipe de enfermagem da Beneficência – foi realizado o primeiro teste do coraçãozinho gratuito na unidade hospitalar, em uma recém-nascida que veio ao mundo pesando 2,5 kg e medindo 45 cm. De acordo com a presidente da organização, Nathália Rosa, a medição da saturação do oxigênio no sangue deve ser feita na primeira 24ª hora de vida do bebê, e repetida 24h depois. Ainda segundo ela, o oxímetro utiliza dados colhidos no pulso e tornozelos direitos para a emissão do laudo. Nathália ressaltou que o teste é rápido e indolor.

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a incidência de cardiopatias congênitas varia entre 0,8% nos países mais desenvolvidos e 1,2% nos países mais pobres. O valor médio de 1% é habitualmente aceito para o Brasil e demais países da América Latina.








Fonte: Folha da Manhã