(Foto: Ururau) |
A Associação de Imprensa Campista (AIC) divulgou nota em que manifesta preocupação com a segurança dos repórteres na apuração de matérias jornalísticas, em Campos, nas pautas policiais. O fato ocorreu após a jornalista Kelly Maria de Souza ter sido agredida fisicamente pela mãe de um jovem assassinado no bairro da Codin, na manhã desta quarta-feira (11/05). Dois policiais militares estavam no local e não impediram as agressões. A repórter, que trabalha no Jornal Ururau e no O Diário, foi atingida por socos no braço e no ombro.
“A AIC compreende os riscos da profissão e a tensão envolvida na apuração de um homicídio. A entidade entende ainda mais o desespero de uma mãe que acaba de perder um filho. O que a associação pondera, no entanto, se relaciona com a falta de atuação dos policiais para garantir a segurança da repórter que apenas fazia o seu trabalho” diz um dos trechos da nota a AIC que segue:
“Ao mesmo tempo em que a Associação de Imprensa Campista manifesta a sua completa solidariedade à colega jornalista agredida, solicita que o comando local da Polícia Militar oriente os seus soldados a terem maior vigilância para com a integridade física dos repórteres no exercício das suas funções”.
Kelly Maria, que no momento da agressão estava trabalhando pelo Jornal O Diário, relatou que chegou ao local por volta das 8h e, imediatamente se reportou aos policiais para apurar a matéria, quando pessoas que estavam presentes começaram a dizer “Chegaram os urubus de plantão”.
“Quando falava com os policiais a mulher que estava do outro lado da rua, veio em direção à equipe de reportagem e aos gritos disse para que não fizéssemos fotos do corpo. Avisei para a fotógrafa não fazer a foto e voltei para falar com os policiais, mas ela insistiu dizendo que não queria a presença da imprensa e já começou a me agredir com socos, sendo contida por populares”, relatou a repórter que não reagiu à agressão.
Após a agressão, os policiais recomendaram que a equipe de reportagem deixasse o local, e assim foi feito, porém ainda tiveram que ouvir mais ofensas. Depois que a equipe de reportagem deixou o local, outros jornalistas também estiveram na Codin para fazer a matéria sobre o homicídio, mas outra viatura policial já estava reforçando a segurança, além de serem comunicados do ocorrido para evitar novas agressões.
O Jornal Ururau também se solidariza com a jornalista Kelly Maria e a fotógrafa Scheila Leal pelo ocorrido e repudia qualquer tipo de violência.
O HOMICÍDIO
Beneficiado com regime semiaberto há apenas dois dias, Bruno Gomes dos Santos, de 22 anos, foi atingido por vários tiros quando chegava a sua casa, na Rua A do Conjunto Habitacional Popular da Codin, no subdistrito de Guarus, em Campos.
Fonte: Redação